“Gabriel Marcel e a morte de Deus” (Paulo Alexandre Marcelino Malafaia)

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação do Departamento de Filosofia da PUC-Rio como parte dos requisitos para obtenção do grau de Doutor em Filosofia. Rio de Janeiro, dezembro de 2017. Orientador: Prof. Edgar de Brito Lyra Netto. Co-Orientadora: Profª. Maria Luísa Portocarrero Ferreira da Silva

Resumo: Malafaia, Paulo Alexandre Marcelino; Lyra, Edgar de Brito. Gabriel Marcel e a morte de Deus. Rio de Janeiro, 2017. 324 p. Tese de Doutorado – Departamento de Filosofia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de
/Janeiro.

Esta tese é uma reflexão sobre a possibilidade de um discurso sobre a religiosidade a partir da morte de Deus. Procurei escavar interpretações a respeito da sentença “Deus está morto!”, presente nos aforismos 125 e 343, de A gaia ciência, de Friedrich Nietzsche (1844-1900) e confrontei-as com as ressonâncias desta proclamação na obra do filósofo francês Gabriel Marcel (1889-1973). Sobre os sentidos interpretativos da assertiva nietzschiana, apresento três aspectos fundamentais do Deus assassinado, nomeadamente: (a) o Deus metafísico; (b) o Deus moral; (c) o Deus cristão. Os textos de Marcel analisados na tese apontam a acolhida e a ressignificação do vaticínio nietzschiano. Nessa acolhida, as noções de “drama”, “situação”, “universal concreto”, “transcendência” e “intersubjetividade” mereceram especial cuidado investigativo. Esta última, calcada na “relação eu-tu”, constitui-se como verdadeira condição de possibilidade de abertura ao outro enquanto mistério. A partir deste confronto, procurei oferecer uma síntese própria que não é nem nietzschianismo, nem marcelianismo. Uma vez que não se segue como necessário de nossa situação histórica, marcada pelo deicídio, a ilegitimidade da religião, perseverei em repensá-la, ainda que sob aspectos e configurações não usuais. Disto seguiu-se uma reinterpretação de aspectos vários, situados entre metafísica e religiosidade, bem como entre moralidade e religiosidade, o que levou a reflexão sobre alguns desdobramentos éticos e sócio-políticos aí envolvidos.

Palavras-chaves: Friedrich Nietzsche; Gabriel Marcel; morte de Deus; transcendência; “relação eu-tu”; metafísica.

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