Um exercício hermenêutico em torno da obra e do pensamento de E.M. Cioran, no sentido de focalizar o romantismo latente ou manifesto deste pensador romeno consagrado por seus livros franceses: sua herança romântica, o fundus animæ romântico do seu pensamento existencial. Cioran, pensador – e artista – romântico: o que isso significa, pois? E por que falar de Romantismo hoje? Qual é a sua atualidade? Qual a pertinência deste conceito – tão fluido, incerto, controverso – em se tratando do caso filosófico de Cioran? O que ele explica e ilumina? Pontuaremos alguns traços distintivos do pensar-dizer (logos) de Cioran – a exigência fragmentária, a dualidade melancolia-ironia, o princípio “logológico” de sua assim-chamada “demiurgia verbal” – para inscrever sua obra, compreensivamente, no horizonte do Romantismo europeu.
