O curso será dividido em módulos, cada qual dedicado a uma grande tradição religiosa do mundo e ministrado por um(a) professor(a)/pesquisador(a) especialista da área.
Cada módulo terá a duração de quatro encontros, durante os quais serão apresentados e discutidos conteúdos mais propriamente filosóficos da religião em pauta.
Não se trata de uma apresentação de ciência ou filosofia das religiões, mas de uma série de palestras nas quais os(as) docentes/pesquisadores(as) convidados(as) explorarão aspectos ontológicos e metafísicos, hermenêuticos, epistemológicos e lógico-linguísticos, psicológicos, éticos, políticos, históricos, estéticos e outras possíveis implicações filosóficas contidas nas religiões tratadas.
Sempre às quartas-feiras de 19:30h às 21:10h entre 06 de abril e 20 de julho de 2022.
As sessões serão gratuitas e on-line.
Carga horária total: 27 horas.
Para informações detalhadas acesse: https://filosofia.fafich.ufmg.br/extensao/
Aulas realizadas:
AULA #1 (04/05/2022)
AULA #2 (11/05/2022)
AULA #3 (18/05/2022)
AULA #4 (25/05/2022)
As quatros sessões do módulo “Filosofia e Budismo” visam apresentar os conteúdos e as implicações filosóficas da teoria do “não-eu” (anattāvāda) do Buda histórico. Pontos salientes que serão abordados são: leitura das passagens nas quais o Buda mais explicitamente nega a existência de um eu ou si pessoal, a saber, um centro fixo, “dono”, continente e controlador das nossas sensações, sentimentos e ideias; exame dos argumentos que justificam essa conclusão do Buda; exame das cinco tipologias de processos psicofísicos às quais o Buda reduz a experiência existencial; colocação das teorias e dos argumentos apresentados no interior dos debates filosóficos contemporâneos sobre “eu e subjetividade” e “determinismo e livre-arbítrio”; relação entre a doutrina do não-eu e outros alicerces conceituais do pensamento budista, como a doutrina do karma, que parece implicar continuidade e responsabilidade pessoal, e a vertente mais especificamente “anti-metafísica” da proposta filosófica do Buda, que aponta para uma experiência cognitiva que evita tanto as categorias do si pessoal e da substância quanto o caminho niilista do não-ser.