Folha de S. Paulo, 2 de agosto de 2022 (texto adaptado)
Manifesto lançado pela sociedade civil em reação ao golpismo do Genocida já tem mais de 661 mil signatários, podendo chegar em breve a 1 milhão de assinaturas
Nesta terça-feira (2), o Genocida por antonomásia xingou de “cara de pau” e “sem caráter” quem assinou o manifesto pró-democracia organizado pela USP e que será lido no próximo dia 11 de agosto.
Já são mais de 661 mil signatários da Carta em defesa do Estado Democrático de Direito. É possível que a Carta ultrapasse em breve a marca de 1 milhão de signatários. Já assinou?
“Esse pessoal que assina esse manifesto é cara de pau, sem caráter, não vou falar outros adjetivos, porque sou uma pessoa bastante educada”, vociferou o Genocida em entrevista à Rádio Guaíba.
Não é de hoje que o Genocida (e sua prole de delinquentes) flerta com o golpismo ou faz declarações contrárias à democracia. Na verdade, desde muito antes de ser eleito presidente da República, quando não passava de um deputado do “baixo clero”, adepto das rachadinhas. Em entrevista em 1999, o Genocida declarou que “a solução do Brasil é uma guerra civil”, e que “seria preciso matar 30 mil” (começando por Fernando Henrique Cardoso).
Da década de 1990 até hoje, nada mudou no golpismo do Genocida. No ano passado, ele disse: “Alguns acham que eu posso fazer tudo. Se tudo tivesse que depender de mim, não seria este o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo eu represento a democracia no Brasil”.
Em 2020, o Genocida participou de manifestações que defendiam a intervenção militar — ele é um entusiasta declarado da ditadura militar e de seus torturadores, como Brilhante Ustra (homenageado por ele na votação do impeachment de Dilma Rousseff).
Agora, o Genocida tem feito ataques à carta pela democracia. Na última segunda-feira (1º), ele se referiu aos empresários que aderiram à carta como “mamíferos”.
O Genocida disse nesta terça-feira (2) que os banqueiros assinaram a carta porque perderam cerca de R$ 20 bilhões de receita por causa do Pix, artistas “desmamados” da Lei Rouanet, e comunistas. Apoiam a carta empresários como Roberto Setubal, Pedro Moreira Salles e Candido Bracher.
“[Assinaram a carta] artistas que foram desmamados na Lei Rouanet. Quando cheguei aqui esses artistas importantes, que viviam apoiando o governo, especial da Bahia, podiam pegar até R$ 10 milhões por mês da Lei Rouanet. Então essas pessoas perderam isso aí”, vociferou o Genocida.
Assine a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros
em defesa do Estado Democrático de Direito!
Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito. Aqui, também não terão. Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar de lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática. Assine a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito.
Portal E.M. Cioran Brasil 🇧🇷 
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