“Grupo de extrema-direita se infiltra no PDT, que anuncia sua expulsão” – Lucas NEIVA

Congresso em Foco, 03 de junho de 2022

Nascido em 2015, em meio à crise política que culminou no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o movimento Nova Resistência surgiu como o primeiro grupo político brasileiro a defender a chamada “quarta teoria política”: uma vertente russa de extrema-direita que hoje representa a base ideológica do presidente Vladimir Putin. Desde 2019, os líderes desse movimento procuram conquistar espaço dentro do PDT, que tem como pré-candidato presidencial o ex-ministro Ciro Gomes.

Entre os filiados no PDT está o próprio líder do movimento no Brasil, Raphael Machado. “Liberais de esquerda entraram no PDT para infiltrar suas ideologias em um partido incompatível. Alguns dos nossos entraram no PDT por afinidade ideológica e o fizeram abertamente”, declarou em seu perfil do Twitter, ao falar sobre a resistência interna da entrada de seus membros. “Há mais de 20 membros de nossa organização formalmente filiados ao partido”, acrescentou em outra publicação.

Amaryllis Rezende, vice-líder do Nova Resistência, ainda conta que nunca houve qualquer tentativa dos membros filiados de esconder do partido a sua participação no movimento. Catarina Leiroz, vice-diretora do Nova Resistência no Rio de Janeiro, chegou a ostentar a camisa do movimento em um encontro do PDT em Recife (PE), onde ela e demais membros tiraram fotos com o ex-deputado Cabo Daciolo.

A vice-líder também se posicionou sobre o estranhamento de parte dos membros do partido da participação de militantes do Nova Resistência. “Fico feliz que os simpatizantes da NR no PDT causem polêmica, porque ela é necessária. Logo o trabalhismo terá que escolher: ou assume seu legado anti-imperialista e popular, ou desaparece buscando acompanhar o progressismo histérico de um nicho que nunca lhe deu valor”, disse no Twitter[+]


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