Brazilian Horror Show: o espetáculo (grotesco) do pandemônio bolsominion | Portal E.M. Cioran News

É tragicômico, ao menos isso (menos mal do que se fosse só trágico). Eis um prato cheio para os estudos antropológicos transdisciplinares, na tentativa de explicar tamanha regressão mental e civilizatória, de volta aos hominídeos. Semelhante espetáculo, antropologicamente (e esteticamente) grotesco, só poderia nos inspirar uma mescla de horror e de fascínio, perturbação e admiração.

Se a adaptação na Era Digital implica resguardar-se da overdose de informação com que somos bombardeados diariamente, poder evitar a histeria e o surto psicótico a cada nova fake news, de meia em meia hora, ao ponto de ter uma parada cardíaca, então pode-se concluir que o fenômeno bolsominion é um notável passo para trás, uma tremenda involução, um atentado não apenas à democracia, mas contra o homo sapiens enquanto tal.

A pergunta que não quer calar é: como conseguiram tornar-se não “robôs”, nem “zumbis”, mas bêtes humaines (Zola), bestas humanas irascíveis e irracionais, em permanente delírio coletivo, à beira de um ataque de nervos? A julgar pela dramaturgia de Ionesco, tornaram-se rinocerontes. Aqui, metáfora e literalidade se chocam violentamente.

PS: Essa sandice lunática tem a assinatura e a impressão digital de Olavo de Carvalho. Não é outro o Imbecil Coletivo.


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