Dona Fátima de Tubarão, a narco-vovó que cagou na Câmara e virou símbolo da hipocrisia bolsonarista, é presa pela PF | Portal E.M. Cioran News

O que há em comum entre as velhinhas e o diabo? Estão presentes nas melhores famílias. “Dona Fátima de Tubarão”, como ficou conhecida a partir do (igualmente malfadado) Capitólio brasileiro, é um caso paradigmático do paradoxo contido no título do livro de Ciprian Vălcan. Em um dos vídeos dos invasores dos Três Poderes que viralizou, ela declara “guerra” ao STF, avisa que vai “pegar o Xandão”, e a pérola: “Quebrando tudo e cagando nessa bosta aqui” (sic). Deinós! – exclamaria Diógenes, o Cínico.

“Quebrando tudo e cagando nessa bosta” ~ Dona Fátima de Tubarão
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Um aforismo “zeflemeático” para Vălcan: Ce este în comun între babele și diavolul? Sunt prezenți în cele mai bune familii. As “velhinha”, no caso, não são nada “santas”. A “capivara” da “Dona Fátima de Tubarão” é notável. Já foi condenada por tráfico de drogas. Em 2014, foi presa em flagrante na porta da sua casa, por policiais à paisana, vendendo crack para menores de idade. Foi condenada a mais de 4 anos de prisão em regime semiaberto. “Dona Fátima de Tubarão” foi presa pela segunda vez hoje (27/01/23), no âmbito da Operação Lesa-Pátria da PF (Polícia Federal), que investiga os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A “capivara” aumentou…


VOCÊ SABIA?

O extinto jornal sensacionalista Notícias Populares (NP), do qual se dizia que “se espremer, sai sangue”, foi fundado por um romeno exilado no Brasil: Jean Mellé (nascido Itic Mellé). Mellé fundou e manteve até a Segunda Guerra Mundial, em Bucareste, o jornal Momentul. Passou 10 anos preso na Sibéria por ordens de Stalin, fazendo trabalhos forçados nas minas de carvão, por ter publicado no seu jornal, em 1947, uma manchete crítica aos comunistas: “Russos estão roubando o pão do povo”. Após a prisão na Sibéria, fugiu para o Brasil, desembarcando em São Paulo em 1959. Aqui, tratou de recomeçar a carreira jornalística. Trabalhou nos jornais O Estado de S. Paulo e Última Hora. Em 1963, fundou, com Herbert Levy, o NP. O slogan do jornal era: “Nada mais que a verdade”. O jornal é mencionado na letra de “O homem na estrada”, dos Racionais MC’s.


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