De suas primeiras obras, ainda mal conhecidas entre nós, sublinho O livro das ilusões (Cartea amăgirilor), a que daria o subtítulo de um de seus capítulos: Mozart e a melancolia dos anjos. Considero aquelas páginas uma fantasia para cordas, como se fosse o primo consanguíneo de A origem da tragédia, nas grandes linhas melódicas que unem e separam as… Continue lendo “«O Livro das Ilusões», de Cioran, lido por Mihail Sebastian: o estranho caso do «convalescente que aspira à doença»” – Rodrigo MENEZES
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«O despertar da consciência e o cansaço de se estar desperto»: Cioran e a Era Axial – Rodrigo MENEZES
Segundo Peter, Sloterdijk, Cioran teria sido “o primeiro a realizar o que Nietzsche tinha querido desmascarar como se tivesse existido desde sempre: uma filosofia do puro ressentimento.”[1] Ele tem em mente o motivo cioraniano do mécontentement (Rosset), a insatisfação total (“e não há insatisfação profunda que não seja de natureza religiosa”, pensa Cioran), de onde… Continue lendo «O despertar da consciência e o cansaço de se estar desperto»: Cioran e a Era Axial – Rodrigo MENEZES
“Tribulações de um meteco” – CIORAN
Surgido de alguma tribo desafortunada, vaga pelos bulevares do Ocidente. Apaixonado por pátrias sucessivas, já não espera nenhuma: congelado em um crepúsculo intemporal, cidadão do mundo – e de nenhum mundo –, é ineficaz, sem nome e sem vigor. Os povos sem destino não saberiam dar um a seus filhos que, sedentos de outros horizontes,… Continue lendo “Tribulações de um meteco” – CIORAN