MESMO nossos males vagos, nossas inquietudes difusas, quando degeneram em fisiologia, convém, por um processo inverso, reconduzi-los às manobras da inteligência. E se alçássemos o tédio – percepção tautológica do mundo, tênue ondulação da duração – à dignidade de uma elegia dedutiva, se oferecêssemos a ele a tentação de uma prestigiosa esterilidade? Sem o recurso… Continue lendo “O veneno abstrato” – CIORAN
Tag: Civilização
“As ambiguidades da experiência moderna” – Franklin LEOPOLDO E SILVA
https://www.youtube.com/watch?v=I2wMQft9I9I A partir da visão hegeliana de modernidade, o professor discute como é possível pensar a arte e a poesia num mundo sem ideal. Neste cenário, a pergunta que parece se impor é: Como pensar a arte depois de Hegel?
Sobre uma civilização aplastada (E.M. Cioran)
A liberdade, eu dizia, exige o vazio para manifestar-se; o exige e sucumbe a ele. A condição que a determina é a mesma que a anula. Ela carece de bases: quanto mais completa for, mais vacilará, pois tudo a ameaça, até o princípio do qual emana. O homem é tão pouco feito para suportar a… Continue lendo Sobre uma civilização aplastada (E.M. Cioran)
“Cachorros de palha: 10 anos” – Uma entrevista com John Gray
Por Cássio Leite Vieira, Ciência Hoje, vol. 50, no. 298, novembro de 2012 [PDF] Cachorros de palha, livro que comemora 10 anos de lançamento, foi – e continuará sendo – polêmico. Seu autor, o filósofo político britânico John Gray, ex-catedrático de pensamento europeu na London School of Economics, foi – e continuará sendo – tachado… Continue lendo “Cachorros de palha: 10 anos” – Uma entrevista com John Gray
“Uma nova Idade Média” (Nikolai Berdiaev)
A DIVISÃO CLÁSSICA da história em antiga, medieval e moderna cairá breve em desuso; será excluída de nossos livros de estudos. A história contemporânea chega ao termo, e se inicia uma era desconhecida, à qual será preciso dar um nome. Saímos, na verdade, do quadro da história. É um fato, este, de que tivemos a… Continue lendo “Uma nova Idade Média” (Nikolai Berdiaev)
O anti-Prometeu: Cioran, crítico do progresso e da civilização
Transformando-nos em frenéticos, o cristianismo nos preparava, apesar de si mesmo, a engendrar uma civilização da qual ele mesmo é a vítima: por acaso não criou em nós demasiadas necessidades, demasiadas exigências? Necessidades e exigências interiores a princípio, que se degradariam e se tornariam exteriores, assim como o fervor de que emanavam tantas orações suspendidas… Continue lendo O anti-Prometeu: Cioran, crítico do progresso e da civilização
“Retrato do homem civilizado” (E.M. Cioran)
O encarniçamento em apagar da paisagem humana o irregular, o imprevisto, o disforme, beira a indecência. É sem dúvida deplorável que em certas tribos ainda se devore os anciãos moribundos; no entanto, não podemos esquecer que o canibalismo representa tanto um modelo de economia fechada como um costume que, algum dia, seduzirá o abarrotado planeta.… Continue lendo “Retrato do homem civilizado” (E.M. Cioran)
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