“Deste logos sendo sempre os homens se tornam descompassados quer antes de ouvir quer tão logo tenham ouvido; pois, tornando-se todas as coisas segundo esse logos, a inexperientes se assemelham embora experimentando-se em palavras e ações tais quais eu discorro segundo (a) natureza distinguindo cada (coisa) e explicando como se comporta. Aos outros homens escapa… Continue lendo “Compasso e descompasso em Heráclito” – Rodrigo MENEZES
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A Canção do Despertar – Chagdud Tulku RINPOCHE
Nascido no leste do Tibete (Kham), Chagdud Tulku Rinpoche (1930 - 2002) foi um lama da escola Nyingma do Budismo Vajrayana tibetano. Aos quatro anos, foi reconhecido como um tulku (encarnação de um mestre de meditação), passando a receber um rigoroso treinamento e aprofundando seus estudos em extensos retiros. Em 1959, escapou da ocupação comunista… Continue lendo A Canção do Despertar – Chagdud Tulku RINPOCHE
“O pensamento de Nishitani e o Budismo” – Hisao MATSUMARU
O ponto de partida do pensamento de Nishitani Pretendo esclarecer o fundamento daquilo que penso ser o ponto de partida do pensamento presente nas duas obras centrais de Keiji Nishitani (1900-1990), a saber, Shukyo to wa nani ka (O que é a religião) (Nishitani, 1961) e Zen no tachiba (O ponto de vista do Zen)… Continue lendo “O pensamento de Nishitani e o Budismo” – Hisao MATSUMARU
Cioran: conhecimento e sofrimento, titanismo e expiação (4 contextos)
Nada do que sabemos está livre de expiação. Pagamos caro, cedo ou tarde, por cada paradoxo, coragem de pensamento ou indiscrição do espírito. No castigo que sucede a qualquer progresso do conhecimento há um estranho feitiço. Arrancaste o véu que encobre a inconsciência da natureza? Pagarás com uma tristeza cuja origem não podes suspeitar. Te… Continue lendo Cioran: conhecimento e sofrimento, titanismo e expiação (4 contextos)
“Dos males, qual o pior? Acaso trágico e fatalismo gnóstico em Clément Rosset e Emil Cioran” – Rodrigo Menezes
Clément Rosset critica Georges Bataille, em sua Lógica do pior (1971), por supostamente mistificar o saber trágico e a consciência trágica, dando a entender que seriam o apanágio de um seleto grupo de intelectuais iluminados (a começar por Bataille, provoca Rosset), graças a um suposto "despertar" espiritual que nem todos os mortais podem ter. Esta… Continue lendo “Dos males, qual o pior? Acaso trágico e fatalismo gnóstico em Clément Rosset e Emil Cioran” – Rodrigo Menezes
“Desígnio e tarefa da lucidez”: primeiro capítulo do Ensayo sobre Cioran, de F. SAVATER
A verdadeira vertigem é a ausência de loucura.La chute dans le temps Será preciso determinar, em primeiro lugar, o que entenderemos por lucidez. Como não pretendo utilizar esta palavra de um modo especial ou inusual, deverei ater-me à definição que dela me brinda o dicionário; talvez possamos encontrar em tal definição os traços que gostaríamos… Continue lendo “Desígnio e tarefa da lucidez”: primeiro capítulo do Ensayo sobre Cioran, de F. SAVATER
“O visitante de um mundo abandonado pelo seu demiurgo: Sylvie Jaudeau e o gnosticismo ateu de Cioran” – Rodrigo MENEZES
As nossas fontes gnósticas, por mais distantes que pareçam, não deixam de inspirar ainda a nossa literatura. Menos de uma maneira direta (poucos escritores de fato conhecem esse período da nossa história reservado aos eruditos) quanto de maneira inconsciente. Eu não falo de uma referência histórica, mas de uma impregnação da sensibilidade por toda uma… Continue lendo “O visitante de um mundo abandonado pelo seu demiurgo: Sylvie Jaudeau e o gnosticismo ateu de Cioran” – Rodrigo MENEZES
“Um pensamento religioso heterodoxo” – Rodrigo MENEZES
Eu não gostaria de viver em um mundo esvaziado de todo sentimento religioso. Eu não penso na fé, mas nessa vibração interior que, independente de qualquer crença, vos projeta em Deus, e às vezes acima.Écartèlement (1979) Clément Rosset e Fernando Savater estão de acordo sobre Cioran em ao menos um ponto. Segundo Rosset, o amigo… Continue lendo “Um pensamento religioso heterodoxo” – Rodrigo MENEZES
“O Sono e a Morte” – Mircea ELIADE
Na mitologia grega, Sono e Morte, Hipnos e Tanatos, são dois irmãos gêmeos. Lembremos que também para os hebreus, ao menos a partir dos tempos pós-exílicos, a morte era comparável ao sono. Repouso na sepultura (Já 3: 13-15; 3:17), no Sheol (Ecles., 9:3; 9:10), ou em ambos ao mesmo tempo (Salmos 88 (87)). Os cristãos… Continue lendo “O Sono e a Morte” – Mircea ELIADE