Nos estados depressivos, o homem se sente desligado do mundo, formando uma dualidade irredutível. Não é por isso que tem a sensação de estar sozinho, abandonado, entregue à morte? Por que a dor existe? Seria absurdo responder que sua aparência e sua existência se justificam porque ela permite compreender o mundo. Se o conhecimento só… Continue lendo “As revelações da dor” (excerto) – CIORAN
Tag: Dor
Em busca de um “não-homem”: niilismo, anti-humanismo e mística negativa – Entrevista com Ştefan Bolea (Romênia)
Ştefan Bolea é pesquisador na Faculdade de Letras da Universidade Babeș-Bolyai de Cluj-Napoca, Romênia. Além disso, é editor da conceituada revista literária Apostrof, co-fundador e editor-chefe do e-zine cultural EgoPHobia (www.egophobia.ro). Ştefan Bolea obteve seu segundo doutorado summa cum laude em Literatura Comparada, em 2017 (após um primeiro em Filosofia, em 2012), com uma investigação… Continue lendo Em busca de um “não-homem”: niilismo, anti-humanismo e mística negativa – Entrevista com Ştefan Bolea (Romênia)
“A experiência interior: post-scriptum (1953)” – Georges BATAILLE
Não me sinto à vontade com este livro, em que gostaria de ter esgotado a possibilidade de ser. Não é que me desagrade totalmente. Mas odeio sua lentidão e sua obscuridade. Gostaria de dizer a mesma coisa em poucas palavras. Gostaria de liberar seu movimento, salvá-lo daquilo que o atola. O que, de resto, não… Continue lendo “A experiência interior: post-scriptum (1953)” – Georges BATAILLE
“A alma enferma” – William JAMES
Em nosso último encontro, consideramos o temperamento equilibrado, o temperamento que tem uma incapacidade constitucional para o sofrimento prolongado, e no qual a tendência para ver as coisas por um prisma otimista é como a água de cristalização em que se coloca o caráter do indivíduo. Vimos que esse temperamento pode tomar-se a base de… Continue lendo “A alma enferma” – William JAMES
“Rumo a lugar algum: niilismo, pessimismo e antinatalismo em Cioran”. Entrevista com Fernando OLSZEWSKI
Não penso que a abulia política de Cioran seja uma apologia velada ao capitalismo ou ao privilégio de sociedades tradicionais e conservadoras, mas sim derivada (na maior parte) de sua visão negativa da realidade: ele considera a existência um absurdo e uma chaga terrível. Para lidarmos com essa chaga, o melhor que fazemos é nos… Continue lendo “Rumo a lugar algum: niilismo, pessimismo e antinatalismo em Cioran”. Entrevista com Fernando OLSZEWSKI
Entrevista a Simona Constantinovici sobre el Diccionario de términos cioranianos 🇷🇴
"Solo a través del corazón sabemos que algo ha cambiado": en diálogo con Simona Constantinovici, coordinadora del Diccionario de términos cioranianos (Editura Universităţii de Vest/Criterion Editrice, 2020).“El Diccionario de términos cioranianos pretende ser una invitación a leer al filósofo de otra manera, a colocarlo en una luz que permita extraer los fascículos de la sustancia… Continue lendo Entrevista a Simona Constantinovici sobre el Diccionario de términos cioranianos 🇷🇴
“Um exílio melancólico: Cioran, Pessoa e a nostalgia” – Paolo VANINI | Università di Trento 🇮🇹
https://www.youtube.com/watch?v=e_sMR4V46xM Texto apresentado no âmbito do Colóquio Internacional Liliana Herrera em torno de Cioran (15/10/2021). Um exílio melancólico: Cioran, Pessoa e a nostalgia[1], de Paolo Vanini[2] Resumo: Este artigo visa investigar a relação entre nostalgia, solidão e ceticismo no pensamento de Emil Cioran. Em primeiro lugar, examinaremos como os conceitos de Sehnsucht, Saudade e Dor… Continue lendo “Um exílio melancólico: Cioran, Pessoa e a nostalgia” – Paolo VANINI | Università di Trento 🇮🇹
“A preocupação com a decência” – CIORAN
Sob o aguilhão da dor, a carne desperta; matéria lúcida e lírica, canta sua dissolução. Enquanto era indiscernível da natureza, repousava no esquecimento dos elementos: o eu ainda não havia se apoderado dela. A matéria que sofre emancipa-se da gravitação, não é mais solidária do resto do universo, isola-se do conjunto adormecido; pois a dor,… Continue lendo “A preocupação com a decência” – CIORAN
“Dos males, qual o pior? Acaso trágico e fatalismo gnóstico em Clément Rosset e Emil Cioran” – Rodrigo Menezes
Clément Rosset critica Georges Bataille, em sua Lógica do pior (1971), por supostamente mistificar o saber trágico e a consciência trágica, dando a entender que seriam o apanágio de um seleto grupo de intelectuais iluminados (a começar por Bataille, provoca Rosset), graças a um suposto "despertar" espiritual que nem todos os mortais podem ter. Esta… Continue lendo “Dos males, qual o pior? Acaso trágico e fatalismo gnóstico em Clément Rosset e Emil Cioran” – Rodrigo Menezes
“Só através do coração sabemos que algo muda”: entrevista com Simona Constantinovici sobre o Dicţionar de Termeni Cioranieni (2/3)
“Constantin Noica identifica em certas palavras romenas a história de nosso povo mesmo, como por exemplo o fenômeno da transumância. A tentativa de traduzi-las equivaleria a desenraizá-las, aniquilando assim o seu potencial ancestral de motivar a língua, o modo de ser de um povo, seu sentimento profundo. As palavras têm o mesmo destino que os… Continue lendo “Só através do coração sabemos que algo muda”: entrevista com Simona Constantinovici sobre o Dicţionar de Termeni Cioranieni (2/3)
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