“Ludwig Klages e o misticismo vitalista” – Paulo de CASTRO (1950)

Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 1950 DIGRESSÃO INTRODUTÓRIA Foi Vico quem primeiro formulou no mundo moderno a teoria da morte das civilizações. De maneira brilhante e incoordenada como é tão comum entre os pensadores napolitanos. Spengler mais tarde plagiou a teoria dando-lhe uma forma e sobretudo uma intenção diferente. A… Continue lendo “Ludwig Klages e o misticismo vitalista” – Paulo de CASTRO (1950)

Publicidade

“As vantagens da debilidade” – CIORAN

O indivíduo que não ultrapassa sua qualidade de belo exemplar, de modelo acabado, e cuja existência confunde-se com seu destino vital, coloca-se fora do espírito. A masculinidade ideal – obstáculo à percepção das nuanças – comporta uma insensibilidade em relação ao sobrenatural cotidiano, de onde a arte extrai sua substância. Quanto mais natureza se é,… Continue lendo “As vantagens da debilidade” – CIORAN

“O segundo Cioran e a campanha abolicionista da alma” – Rodrigo MENEZES

Uma das diferenças mais marcantes no pensamento de Cioran na passagem dos escritos romenos aos franceses, após a Segunda Guerra, é a reação crítica, em nome da lucidez do espírito, às ilusões das quais outrora fizera a apologia (ver O Livro das ilusões). "Ilusão" se refere, antes de tudo, e fundamentalmente, à ilusão de profundidade,… Continue lendo “O segundo Cioran e a campanha abolicionista da alma” – Rodrigo MENEZES

“Angústia dialeticamente determinada no sentido de destino” – Søren Aabye KIERKEGAARD

Costuma-se geralmente dizer que o paganismo jaz no pecado, porém seria talvez mais justo afirmar que ele reside na angústia. De modo geral, o paganismo é sensualidade, porém uma sensualidade que possui certa relação com o espírito, sem que, contudo, o espírito no sentido mais profundo esteja posto como espírito. Mas essa possibilidade é justamente… Continue lendo “Angústia dialeticamente determinada no sentido de destino” – Søren Aabye KIERKEGAARD

“O veneno abstrato” – CIORAN

MESMO nossos males vagos, nossas inquietudes difusas, quando degeneram em  fisiologia, convém, por um processo inverso, reconduzi-los às manobras da inteligência. E se alçássemos o tédio – percepção tautológica do mundo, tênue ondulação da duração – à dignidade de uma elegia dedutiva, se oferecêssemos a ele a tentação de uma prestigiosa esterilidade? Sem o recurso… Continue lendo “O veneno abstrato” – CIORAN

“A alegria da confusão total” – CIORAN

Alegremo-nos de que na confusão possamos alcançar a totalidade, de que possamos atualizar, em um instante, todos os planos espirituais e todas as divergências. Os estados de admirável confusão interna, que não implicam em absoluto a confusão das ideias, estão mais próximos de nosso centro subjetivo do que todas as mudanças de planos nas quais… Continue lendo “A alegria da confusão total” – CIORAN

“Patandjáli e o Yoga” – Mircea ELIADE

Até meados do século passado, o doutor J. M. Honigberger assombrou o mundo científico relatando a história do yogin Hari-dâs. Em Láhaor [Lahore], na presença do marajá Ránjit Sing do Punjab e da sua corte, Hari-dâs se pôe em estado cataléptico e foi enterrado num jardim. Durante quarenta dias, uma guarda rigorosa vigiou a sua… Continue lendo “Patandjáli e o Yoga” – Mircea ELIADE

“Entusiasmo como forma de amor” – CIORAN

O desespero: forma negativa do entusiasmo.CIORAN, O livro das ilusõesEntusiasmo (do grego in + theos, literalmente 'em Deus'), originalmente significava inspiração ou possessão por uma entidade divina ou pela presença de Deus. Atualmente, pode ser entendido como um estado de grande arrebatamento e alegria. Uma pessoa entusiasmada está disposta a enfrentar dificuldades e desafios, não se deixando abater e transmitindo confiança aos demais ao seu redor.… Continue lendo “Entusiasmo como forma de amor” – CIORAN

“A miséria: excitante do espírito” (E.M. Cioran)

Para conservar o espírito desperto, não contamos apenas com o café, a doença, a insônia ou a obsessão da morte; a miséria contribui também em igual ou maior medida: o terror ao dia seguinte, tanto como o da eternidade, os problemas de dinheiro, tanto como os pavores metafísicos, excluem o repouso e o abandono: –… Continue lendo “A miséria: excitante do espírito” (E.M. Cioran)