“María Zambrano: uma presença decisiva” – CIORAN

A partir do momento em que uma mulher se dedica à filosofia se torna pretensiosa e agressiva, agindo como um novo-rico. Arrogante e no entanto insegura, visivelmente espantada, certamente não se acha no seu elemento. Por que, na presença de Maria Zambrano, nunca sentimos o mal-estar dessa situação? Eu me fiz muitas vezes a pergunta… Continue lendo “María Zambrano: uma presença decisiva” – CIORAN

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“Do bom uso de Cioran” – François BOTT

La Nouvelle Revue Française, nr. 368, setembro de 1983 Os grandes escritores nos dão todas as cartas. Eles nos dão uma “mão” generosa, jogam um “straight flush”.[1] Cabe a nós então jogar, ter cuidado com o destino e com nós mesmos, com as astúcias do adversário que se dissimula em nossos pensamentos, com a pretensão… Continue lendo “Do bom uso de Cioran” – François BOTT

“Eliade ex-crente: protótipo do espírito religioso sem religião” – E. M. CIORAN

Encontrei Eliade pela primeira vez por volta de 1932, em Bucareste, onde eu terminara, há pouco, vagos estudos de filosofia. Ele era, na época, o ídolo da “nova geração” – fórmula mágica que ficávamos orgulhosos de invocar. Desprezávamos os “velhos”, os “gagás”, isto é, todos os que haviam passado dos 30. Nosso mentor fazia campanha… Continue lendo “Eliade ex-crente: protótipo do espírito religioso sem religião” – E. M. CIORAN

“Michaux: a paixão do exaustivo” – E.M. Cioran

Há uns 15 anos, Michaux me levava regularmente ao Grand Palais onde eram exibidos todos os tipos de filme de caráter científico, alguns curiosos, outros técnicos, impenetráveis. Para dizer a verdade, o que me intrigava era menos as projeções do que o interesse que demonstrava por elas. Não compreendia muito bem o motivo de uma… Continue lendo “Michaux: a paixão do exaustivo” – E.M. Cioran

“Benjamin Fondane: Rue Rollin, 6” – E.M. Cioran

O rosto mais sulcado, mais marcado que se possa imaginar, um rosto de rugas milenares, de modo algum paralisadas pois animadas pela aflição mais contagiante e mais explosiva. Não me cansava de contemplá-las. Jamais vira antes uma tal harmonia entre o parecer e o dizer, entre a fisionomia e a palavra. Para mim, é impossível… Continue lendo “Benjamin Fondane: Rue Rollin, 6” – E.M. Cioran

“E. M. Cioran e a Oração de um Dácio” – Vasilica COTOFLEAC

Já foi dito de E. M. Cioran que é um cético, um niilista, ou talvez um existencialista, que não é um filósofo profissional, que sua obra não admite qualquer comparação aceitável e que é muito difícil qualificá-la com base em referências. Mas a afirmação de sua originalidade, além de não resolver a óbvia dificuldade interpretativa,… Continue lendo “E. M. Cioran e a Oração de um Dácio” – Vasilica COTOFLEAC

Filosofia da Animalidade, Vitalismo e Mortalismo, Cioran na Argentina e o “Nada Sulamericano”: em diálogo com Gustavo Romero (Argentina)

A terceira live tertúlia de 2021, realizada em 28 de maio e transmitida no YouTube, contou com a presença de Gustavo Romero, filósofo e professor da Universidad de Buenos Aires (UBA) https://www.youtube.com/watch?v=l4vjoZiGGbI&t=5411s Além dos comentários contextuais e metateóricos acerca da recepção da obra de Cioran na Argentina, dentro e fora da Academia, Gustavo teceu importantes… Continue lendo Filosofia da Animalidade, Vitalismo e Mortalismo, Cioran na Argentina e o “Nada Sulamericano”: em diálogo com Gustavo Romero (Argentina)

“O Último dos Delicados”: Borges por Cioran

Carta a Fernando SavaterParis, 10 de dezembro de 1976 Caro amigo, Em novembro, na sua passagem por Paris, você me pedira para colaborar num volume de homenagem a Borges. Minha primeira reação foi negativa; a segunda… também. Para que festejá-lo quando as próprias universidades o fazem? O azar de ser reconhecido se abateu sobre ele.… Continue lendo “O Último dos Delicados”: Borges por Cioran

“Ela não era daqui…” – Susana Soca por E.M. Cioran

Em Exercícios de admiração: ensaios e perfis (1986), seu penúltimo livro, um dos perfis literários é o de uma mulher inominada, a quem Cioran alude misteriosamente: “Ela não era daqui…” Quem era ela? Trata-se de Susana Soca (1906–1959), escritora, editora e promotora cultural (mecenas), uma importante intelectual uruguaia que viveu muito tempo na Europa, notadamente… Continue lendo “Ela não era daqui…” – Susana Soca por E.M. Cioran

“Confissão resumida / Relendo…” – CIORAN

Os dois últimos textos de Exercícios de admiração (1986) não são - à diferença dos demais - retratos ou perfis literários de figuras presentes ou passadas que Cioran admirava.