Poema declamado por Paulo Autran (1922-2007) https://www.youtube.com/watch?v=coCCJWHcmGU Se te queres matar, porque não te queres matar?Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,Se ousasse matar-me, também me mataria...Ah, se ousares, ousa!De que te serve o quadro sucessivo das imagens externasA que chamamos o mundo?A cinematografia das horas representadasPor actores de convenções… Continue lendo “Se te queres matar, por que não te queres matar?” – Fernando PESSOA
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Ceticismo como doença da vontade e a niilina russa – NIETZSCHE
Se hoje um filósofo dá a entender que não é cético —espero que tal se tenha subentendido nessa descrição do espírito objetivo —, todos escutam isso com desgosto; observam-no com algum receio, gostariam de lhe perguntar tantas, tantas coisas… sim, entre ouvintes temerosos, tais como existem hoje em quantidade, ele é doravante considerado perigoso. Para… Continue lendo Ceticismo como doença da vontade e a niilina russa – NIETZSCHE
“Por que Shakespeare é considerado o Inventor do Humano”? – Harold BLOOM
EXISTEM APENAS TRÊS INFLUÊNCIAS literárias significativas em Shakespeare: Marlowe, Chaucer e a Bíblia inglesa. Marlowe foi engolido por Shakespeare, como um peixinho por uma baleia, embora Marlowe tivesse um ressaibo forte o bastante para induzir Shakespeare a algumas alusões deturpadas. Podemos inferir que Marlowe tornou-se uma advertência para Shakespeare: o caminho a não seguir. Chaucer… Continue lendo “Por que Shakespeare é considerado o Inventor do Humano”? – Harold BLOOM
Santidade & Ceticismo: Modelos de Antinatureza, Duas Impossibilidades
Ser mais inutilizável que um santo…Silogismos da amargura O cético, para o grande desespero do demônio, é o homem inutilizável por excelência.La Chute dans le temps Uma boa maneira de entender o que muda no modo de pensar de Cioran, na transição entre a juventude nacionalista e a maturidade exilada, entre seus livros romenos e… Continue lendo Santidade & Ceticismo: Modelos de Antinatureza, Duas Impossibilidades
Ceticismo, Hamletismo, Diletantismo e Lucidez: o (des)pudor do “É”
https://www.youtube.com/watch?v=4pARcHxo5Aw Cioran faz o elogio do hamletismo e do diletantismo, atitudes percebidas positivamente como signos de sabedoria, de certa arte de viver. A conclusão da lucidez praticada e comunicada por Cioran, a partir de suas nuits blanches, é o hamletismo e o diletantismo como sabedoria. "Não operamos no É", sentencia o filósofo romeno.
“Vontade de Potência, uma fachada para a vida” (Emil Cioran)
PARA QUEM A VIDA é a realidade suprema, sem ser uma evidência, não seria “se podemos ou não amar a vida” a pergunta que mais pode atormentá-lo? Perturbadora e deliciosa incerteza, mas que requer uma resposta. É fascinante e amargo ao mesmo tempo não saber se se ama ou não a vida. Preferiríamos não ter… Continue lendo “Vontade de Potência, uma fachada para a vida” (Emil Cioran)
“Céu e higiene” — Breviário de Decomposição 7.0 🇧🇷
A santidade: fruto supremo da enfermidade; quando se está saudável, parece monstruosa, ininteligível e malsã ao mais alto grau. Mas basta que esse hamletismo automático chamado Neurose reclame seus direitos para que os céus tomem forma e constituam a moldura da inquietude. Defende-se da santidade se tratando: ela provém de uma sujeira particular do corpo […]… Continue lendo “Céu e higiene” — Breviário de Decomposição 7.0 🇧🇷