I will join with black despair against my soul, and to myself become an enemy.SHAKESPEARE, Richard III (epígrafe do Breviário de decomposição) O espírito não tem defesa contra os miasmas que o assaltam, pois surgem do lugar mais corrompido que existe entre a terra e o céu, do lugar onde a loucura jaz na ternura,… Continue lendo Purismo, Impurismo e a Antropologia Trágica no Livro das Ilusões – CIORAN
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“O diabo tranquilizado” – CIORAN
Por que Deus é tão insípido, tão débil, tão mediocremente pitoresco? Por que carece de interesse, de vigor, de atualidade e parece-se tão pouco conosco? Existe uma imagem menos antropomórfica e mais gratuitamente longínqua? Como pudemos projetar sobre ele luzes tão pálidas e forças tão claudicantes? Para onde fluíram nossas energias, onde desaguaram nossos desejos?… Continue lendo “O diabo tranquilizado” – CIORAN
E.M. Cioran, Jonathan Swift e o “grotesco cor-de-rosa”: entrevista com Paolo Vanini 🇮🇹
Paolo Vanini é professor adjunto de história da filosofia na Universidade de Trento, onde também integra um projeto de pesquisa dedicado a Cioran. Atualmente se ocupa da relação entre utopia, ceticismo e humorismo entre o Renascimento e o século XX. Tem publicado artigos sobre autores como Thomas Morus, Erasmo de Rotterdam, Jonathan Swift, Pirandello e… Continue lendo E.M. Cioran, Jonathan Swift e o “grotesco cor-de-rosa”: entrevista com Paolo Vanini 🇮🇹
“Cioran entre filosofia e poesia: ambivalência, hibridismo, temeridade” – Rodrigo MENEZES
"Já que tudo o que se concebeu e empreendeu desde Adão é ou suspeito ou perigoso ou inútil, que fazer? Dessolidarizar-se da espécie? Seria esquecer que nunca se é tão humano como quando se lamenta sê-lo."CIORAN, La chute dans le temps O "pecado original" de Cioran é ser demasiado filósofo, demasiado pensador, sem ser estritamente… Continue lendo “Cioran entre filosofia e poesia: ambivalência, hibridismo, temeridade” – Rodrigo MENEZES
“Certas manhãs” (E.M. Cioran)
PESAR POR NÃO SER ATLAS, por não poder sacudir os ombros para assistir ao desmoronamento desta risível matéria... a raiva segue o caminho inverso da cosmogonia. Por que mistério despertamos certas manhãs com a sede de demolir o conjunto inerte e vivo? Quando o diabo penetra em nossas veias, quando nossas ideias sofrem convulsões, e… Continue lendo “Certas manhãs” (E.M. Cioran)
“O olhar antes da percepção” (Emil Cioran)
Não haveis surpreendido uma imagem de pureza no olhar sem percepção, no olhar que reflete e refracta, uma imagem purificada de objetos? Não vos haveis fixado nunca no olhar dos patinhos e haveis visto uns olhos onde o céu é céu, a água, água e a folha, folha? E não haveis amado esses olhos que… Continue lendo “O olhar antes da percepção” (Emil Cioran)
“Nossa última perda, a Música” – Emil CIORAN
Só amam a música aqueles que sofrem por causa da vida. A paixão musical substitui todas as formas de vida que não foram vividas e compensa no plano da experiência íntima as satisfações encerradas no círculo dos valores vitais. Quando se sofre vivendo, a necessidade de um mundo novo, distinto do que vivemos habitualmente, nasce… Continue lendo “Nossa última perda, a Música” – Emil CIORAN
“Do Conhecimento Religioso: sobre um texto de juventude e sua repercussão na obra posterior” – Rodrigo MENEZES
Além de um sentimento fundamental da existência, a categoria do religioso designa também um tipo especial de conhecimento, aquele que mais importa para Cioran. Num artigo publicado na Revista Teologică (1932), "A estrutura do conhecimento religioso", o jovem estudante de filosofia na Universidade de Bucareste faz a crítica do racionalismo e afirma a “preeminência do… Continue lendo “Do Conhecimento Religioso: sobre um texto de juventude e sua repercussão na obra posterior” – Rodrigo MENEZES
“O visitante de um mundo abandonado pelo seu demiurgo: Sylvie Jaudeau e o gnosticismo ateu de Cioran” – Rodrigo MENEZES
As nossas fontes gnósticas, por mais distantes que pareçam, não deixam de inspirar ainda a nossa literatura. Menos de uma maneira direta (poucos escritores de fato conhecem esse período da nossa história reservado aos eruditos) quanto de maneira inconsciente. Eu não falo de uma referência histórica, mas de uma impregnação da sensibilidade por toda uma… Continue lendo “O visitante de um mundo abandonado pelo seu demiurgo: Sylvie Jaudeau e o gnosticismo ateu de Cioran” – Rodrigo MENEZES
“Odisseia do rancor” (E.M. Cioran)
Devemos desconfiar dos doentes: eles têm “caráter”, sabem explorar e aguçar seus rancores. Um dia um doente decidiu nunca mais apertar a mão de uma pessoa sadia. Mas logo descobriu que muitos dos que julgava com saúde não estavam no fundo incólumes. Por que então fazer inimigos baseado em suspeitas apressadas? Evidentemente, ele era mais… Continue lendo “Odisseia do rancor” (E.M. Cioran)
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