Revista Cult, n. 87, dez. 2004 Conta a lenda que o sábio taoísta Chuang Tzu, ao dormir, sonhou ser uma borboleta, mas ao acordar se perguntou: será que eu era antes Chuang Tzu sonhando ser uma borboleta ou sou agora uma borboleta adormecida, sonhando ser Chuang Tzu? Gustavo Bernardo interpreta essa indecisão do sábio “como… Continue lendo “Chuang Tzu e a borboleta em Macondo” – Adriana LISBOA
Tag: Irrealidade
“Paleontologia”, de Cioran: uma meditação ascética sobre a carne e o esqueleto – Rodrigo Menezes
Paléontologie [Paleontologia] é um importante texto no conjunto da obra de Cioran, tanto pelo recorte temático quanto por sua peculiaridade estilística. O ensaio faz parte de Le mauvais démiurge (1969), o sexto livro escrito pelo pensador romeno em língua francesa (ainda inédito em língua portuguesa). Le mauvais démiurge é o quarto livro consecutivo de Cioran… Continue lendo “Paleontologia”, de Cioran: uma meditação ascética sobre a carne e o esqueleto – Rodrigo Menezes
Realidade e Irrealidade, ou o “Ecletismo do Sorriso e da Destruição” – Rodrigo MENEZES
Je suis la plaie et le couteau !Je suis le soufflet et la joue !Je suis les membres et la roue,Et la victime et le bourreau !BAUDELAIRE, L'Heautontimoroumenos Si Stavrogin croit, il ne croit pas qu'il croie.S'il ne croit pas, il ne croit pas qu'il ne croie pas.DOSTOIEVSKI, Frères Karamazov Esqueça o Coringa, personagem cinematográfico vulgar,… Continue lendo Realidade e Irrealidade, ou o “Ecletismo do Sorriso e da Destruição” – Rodrigo MENEZES
Êxtase musical – CIORAN
ÊXTASE MUSICAL. Sinto que perco matéria, que caem minhas resistências físicas e que me dissolvo em harmonias e ascensões de melodias interiores. Uma sensação difusa e um sentimento inefável me reduzem a uma indeterminada soma de vibrações, de ressonâncias íntimas e de envolventes sonoridades. Tudo o que acreditei ter em mim de singular, isolado em… Continue lendo Êxtase musical – CIORAN
“O conhecimento póstumo” (E.M. Cioran)
Existe um conhecimento que retira peso e alcance ao que fazemos: para ele, tudo está desprovido de fundamento, à excepção de si mesmo. Puro ao ponto de abominar a própria ideia de objectivo, ele traduz essa sabedoria extrema segundo a qual é indiferente praticar ou não praticar um acto, e que se faz acompanhar por… Continue lendo “O conhecimento póstumo” (E.M. Cioran)