Cento e cinquenta anos de revolta metafísica e de niilismo viram retornar com obstinação, sob diferentes disfarces, o mesmo rosto devastado, o do protesto humano. Todos, erguidos contra a condição humana e seu criador, afirmaram a solidão da criatura, o nada de qualquer moral. Mas, ao mesmo tempo, todos procuraram construir um reino puramente terrestre… Continue lendo “Niilismo e história” – Albert CAMUS
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“Y, a pesar de todo, ¿por qué no se suicidó Cioran?” – Ion VARTIC
A esta pregunta que, de un modo más o menos directo, se le formuló a Cioran en repetidas ocasiones, muchas de ellas no exentas de malicia, él respondió siempre que no se le había entendido bien. Nunca exhortó al suicidio ni hizo apología de este; de hecho, dijo todo lo contrario: que el pensamiento de… Continue lendo “Y, a pesar de todo, ¿por qué no se suicidó Cioran?” – Ion VARTIC
“A recusa da salvação” – Albert CAMUS
Se o revoltado romântico exalta o indivíduo e o mal, não toma por isso mesmo o partido dos homens, mas apenas o próprio partido. O dandismo é sempre e em qualquer de suas formas um dandismo em relação a Deus. Na qualidade de criatura, o indivíduo só pode opor-se ao criador. Ele tem necessidade de… Continue lendo “A recusa da salvação” – Albert CAMUS
“O subsolo da negação”: niilismo e antissemitismo em Dostoiévski – Michèle COHEN-HALIMI
Dostoievski põe em cena o escândalo de uma existência desprovida de fé religiosa. Em seu último romance, essa mise en scène se concentra na relação dos três irmãos Karamazov: ela segue as transformações de Ivan, o ateu, e de Aliocha, o crente. Como se o caminho traçado pelo romance devesse conduzir do ateísmo ao amor… Continue lendo “O subsolo da negação”: niilismo e antissemitismo em Dostoiévski – Michèle COHEN-HALIMI
“Ivã Karamazov devolve a entrada” – John GRAY
Um contemporâneo russo de Dostoievski, o crítico e reformista social Nikolai Mikhailovsky, referiu-se ao escritor como "um talento cruel". Ele tinha em mente, para começo de conversa, o tormento psicológico a que narrador da novela Notas do subterrâneo (1863) submete Liza, urna prostitui de quem se aproxima. Escreve Mikhailovsky: Não há motivos para sua maldade… Continue lendo “Ivã Karamazov devolve a entrada” – John GRAY
“Restos: Camus, Arendt, Teoria Crítica, Rawls” – Susan NEIMAN
Em um tributo ao rei Afonso, Hans Blumenberg escreveu que a era moderna começou com um ato de teodicéia (Blumenberg 2, 307). Será que ela termina com a percepção de que qualquer ato desse tipo é inútil? A reflexão política e histórica sobre casos específicos de mal e a esperança de uma resistência específica que… Continue lendo “Restos: Camus, Arendt, Teoria Crítica, Rawls” – Susan NEIMAN
“O que a religião não é” – John GRAY
A ideia de que a religião é uma questão de crença é uma concepção estreita. Em que Homero "acreditava"? Ou os autores do Mahabharata? O conjunto de tradições a que os estudos ocidentais se referem como "hinduísmo" não apresenta qualquer credo predeterminado, como tampouco a mistura de religião popular e misticismo a que os mesmos… Continue lendo “O que a religião não é” – John GRAY
“Dos teologías negativas: Baruch Spinoza y Lev Shestov” – John GRAY
No es fácil trazar la línea que separa el ateísmo de la teología negativa. Un ateo que niegue que Dios alguno crease el mundo podría afirmar la existencia de un Dios que está presente en el mundo, que lo impregna, pero del que poco o nada puede decirse en positivo. Convencido de que ese Dios… Continue lendo “Dos teologías negativas: Baruch Spinoza y Lev Shestov” – John GRAY
“Sobre Kirilov, personagem de Dostoiévski” – CAMUS
Todos os heróis de Dostoiévski se questionam sobre o sentido da vida. Nisto são modernos: não temem o ridículo. O que distingue a sensibilidade moderna da sensibilidade clássica é que esta se nutre de problemas morais e aquela de problemas metafísicos. Nos romances de Dostoiévski, a questão é colocada com tal intensidade que só admite… Continue lendo “Sobre Kirilov, personagem de Dostoiévski” – CAMUS
Os escrúpulos do niilista: Ivan Karamazov devolve o bilhete
Pois bem, vive o general em sua fazenda de duas mil almas (Assim eram chamados os servos camponeses), cheio de arrogância, tratando por cima dos ombros seus vizinhos, pequenos proprietários, como seus parasitas e palhaços. Tem um canil com centenas de cães e quase uma centena de seus cuidadores todos uniformizados, todos a cavalo. E… Continue lendo Os escrúpulos do niilista: Ivan Karamazov devolve o bilhete