Prefácio do livro de Liliana Herrera, “Cioran: lo voluptuoso, lo insoluble”, por Jaime Rubio Angulo

Espacio M. Liliana Herrera A. 🇨🇴

Cioran: lo voluptuoso, lo insoluble é o título – algo enigmático – deste novo trabalho de M. Liliana Herrera sobre o filósofo romeno. Cioran voluptuoso, insolúvel? Sem dúvida; sempre que descobrirmos o sentido destas categorias em desenvolvimento ao longo do texto. Categorias que vêm sublinhar a originalidade e a novidade deste trabalho realizado cara a cara com a exceção – no caso, Cioran. O voluptuoso e o insolúvel determinam o espaço de jogo da presente reflexão.

Este livro se apresenta como uma leitura da obra de Cioran. Leitura criativa que desdobra incessantemente horizontes de sentido. Outra observação para começar: a intepretação que nos oferece é da ordem do fragmento, isto é do intervalo; a interpretação é um jogo que se joga entre o voluptuoso e o insolúvel. Não se trata de um sentido construído tematicamente, mas antes composto musicalmente. Basta ver o título das partes que compõem esta obra.


“Há…

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Aforismos sobre a Música em Silogismos da Amargura (1952), de Cioran

Nascido com uma alma habitual, pedi outra à música: foi o começo de desgraças maravilhosas... § Sem o imperialismo do conceito, a música teria substituído a filosofia: teria sido o paraíso da evidência inexprimível, uma epidemia de êxtases. § Beethoven viciou a música: introduziu nela as mudanças de humor, deixou que nela penetrasse a cólera.… Continue lendo Aforismos sobre a Música em Silogismos da Amargura (1952), de Cioran

“Nossa última perda, a Música” – Emil CIORAN

Só amam a música aqueles que sofrem por causa da vida. A paixão musical substitui todas as formas de vida que não foram vividas e compensa no plano da experiência íntima as satisfações encerradas no círculo dos valores vitais. Quando se sofre vivendo, a necessidade de um mundo novo, distinto do que vivemos habitualmente, nasce… Continue lendo “Nossa última perda, a Música” – Emil CIORAN

“A alegria musical” – Clément ROSSET

Levando em conta o papel central que tem a jubilação e a experiência musical, aquela, em Nietzsche, sempre ligada a esta, a credibilidade do pensamento nietzscheano aparece como tributária da credibilidade de uma concepção da música, cujo esboço, em certo sentido, já definitivo, O nascimento da tragédia apresenta. Esta concepção se pode ser resumida em… Continue lendo “A alegria musical” – Clément ROSSET

“Pode algum compositor igualar-se a Bach?” (Clemency-Burton Hill)

BBC, 17 de setembro de 2014 ("Can any composer equal Bach?") Quase 300 anos após sua morte, Johann Sebastian Bach continua sendo o padrão-ouro da música clássica. Clemency-Burton Hill explora a razão disso. No programa do café-da-manhã da Rádio BBC 3 nós temos uma seção chamada Bach antes das 7. Toda manhã semanal, antes das… Continue lendo “Pode algum compositor igualar-se a Bach?” (Clemency-Burton Hill)

“Lágrimas e Santos, versão do diretor” – Rodrigo MENEZES

Para Joan M. Marín. Todo leitor de Cioran sabe que um dos seus livros romenos, após Nos cumes do desespero (1934) e O livro das ilusões (1936) (ambos traduzidos e publicados no Brasil), é Lacrimi şi Sfinţi [Lágrimas e Santos], cronologicamente o terceiro título no conjunto da obra (publicado na Romênia em 1937). O que não é… Continue lendo “Lágrimas e Santos, versão do diretor” – Rodrigo MENEZES

“El descanso eterno del filósofo insomne” (Rubén Amón)

LA NACIÓN, 29 de marzo 2018 El filósofo francés murió el miércoles en París a los 78 años. Melómano e insomne, negó la existencia del yo y el individuo Clément Rosset padeció la enfermedad del sueño. Seis años y 2.000 noches de insomnio que percutieron en su salud hasta torturarlo. Y en su moral, como… Continue lendo “El descanso eterno del filósofo insomne” (Rubén Amón)

“Bach, Mozart and Beethoven’s music – philosophy lived in Cioran’s view” – Mădălina Dana RUCSANDA

Bulletin of the Transilvania University of Braşov, series VIII: Performing Arts • Vol. 8 (57) No. 2 - 2015 Abstract: Cioran is not a musicologist and not even an esthetic. His considerations and his preferences in music in some ways doubtful and even contradictory, are the resonance of the sound art, in a hungry soul… Continue lendo “Bach, Mozart and Beethoven’s music – philosophy lived in Cioran’s view” – Mădălina Dana RUCSANDA