Gnosis é uma das palavras gregas para dizer “conhecimento”, mas não a única (há também episteme). Encontramo-la na máxima délfica que se tornaria o lema socrático por excelência: “Conhece-te a ti mesmo”, Gnôthi seauton em grego. A gnose, na acepção específica que nos interessa aqui (religião e heresia gnóstica, gnose helenística, gnosticismo cristão), tem em… Continue lendo “Conhece-te a ti mesmo” e a gnose helenística: Sócrates e o Herege Gnóstico (um contraponto) | Minicurso on-line
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“Os deicídios” – CAMUS
A justiça, a razão, a verdade brilhavam ainda no céu jacobino; essas estrelas fixas podiam ao menos servir de pontos de referência. Os pensadores alemães do século XIX, particularmente Hegel, quiseram continuar a obra da revolução francesa,1 ao suprimirem as causas de seu malogro. Hegel acreditou discernir que o Terror estava de antemão contido na… Continue lendo “Os deicídios” – CAMUS
“O niilismo schopenhaueriano: uma introdução” – Jarlee SALVIANO
Cadernos de Filosofia Alemã (USP), nº 7, 2001, p. 37-53. Resumo: Neste texto procuramos mostrar como se pode analisar o problema do niilismo na filosofia de Schopenhauer sem recorrer à interpretação nietzschiana – tendo em vista o peso e a importância dada por esta interpretação a este conceito dentro da filosofia e levando em conta… Continue lendo “O niilismo schopenhaueriano: uma introdução” – Jarlee SALVIANO
“Da negação ao despertar” – Monja COEN
Quando algo causa medo, tristeza ou deixa à mostra o nosso desconhecimento, muitas vezes nosso primeiro impulso é negar aquilo que nos traz esse desconforto. ao negarmos a realidade, vivendo como se nada estivesse acontecendo, ela deixa de ser diferente? Da negação ao despertar: ensinamentos da Monja Coen (Papirus 7 Mares, 112 pp., r$ 42,90)… Continue lendo “Da negação ao despertar” – Monja COEN
“John Gray e o equívoco do gnosticismo” – Rodrigo MENEZES
Em A alma da marionete (The Soul of the Marionette, 2015), John Gray dava indícios de compreender equivocadamente o assim-chamado "gnosticismo": a gnose da heresia gnóstica surgida no cristianismo primitivo, nos primeiros séculos da nossa era, e ressurgida na Idade Média, entre os cátaros e outros grupos religiosos sectários. Ele escreve: Hoje em dia, muitas… Continue lendo “John Gray e o equívoco do gnosticismo” – Rodrigo MENEZES
«O despertar da consciência e o cansaço de se estar desperto»: Cioran e a Era Axial – Rodrigo MENEZES
Segundo Peter, Sloterdijk, Cioran teria sido “o primeiro a realizar o que Nietzsche tinha querido desmascarar como se tivesse existido desde sempre: uma filosofia do puro ressentimento.”[1] Ele tem em mente o motivo cioraniano do mécontentement (Rosset), a insatisfação total (“e não há insatisfação profunda que não seja de natureza religiosa”, pensa Cioran), de onde… Continue lendo «O despertar da consciência e o cansaço de se estar desperto»: Cioran e a Era Axial – Rodrigo MENEZES
“Os seguidores de Schopenhauer” – NIETZSCHE
Os seguidores de Schopenhauer. — O que se percebe no contato entre povos civilizados e bárbaros: que normalmente a cultura inferior começa por tomar os vícios, fraquezas e excessos da superior, a partir daí sente alguma atração por esta e, enfim, mediante os vícios e fraquezas adquiridos, também recebe algo da força valiosa da cultura… Continue lendo “Os seguidores de Schopenhauer” – NIETZSCHE
“«Dialética da indolência»: heresia e idiotismo contra a tirania da positividade tóxica” – Rodrigo Menezes
Quis suprimir em mim as razões que os homens invocam para existir e para agir. Quis tornar-me indizivelmente normal – e eis-me aqui, no embrutecimento, no mesmo plano que os idiotas e tão vazio como eles.CIORAN, Breviário de decomposição, p. 62 Ser mais inutilizável que um santo...CIORAN, Silogismos da amargura, p. 75 Cioran e Byung-Chul… Continue lendo “«Dialética da indolência»: heresia e idiotismo contra a tirania da positividade tóxica” – Rodrigo Menezes
“Alvo da intenção terrorista: uma experiência filosófica da aprovação” – Clément ROSSET
A lógica do pior ensina pois a necessidade da ligação entre pensamento trágico e pensamento aprobatório. Para ela, trágico e afirmação são termos sinônimos. Isto, por três grandes razões teóricas que respondem cada uma às três questões gerais postas mais acima. Em primeiro lugar, a filosofia trágica considera a aprovação (e seu contrário, que é… Continue lendo “Alvo da intenção terrorista: uma experiência filosófica da aprovação” – Clément ROSSET
“Dos males, qual o pior? Acaso trágico e fatalismo gnóstico em Clément Rosset e Emil Cioran” – Rodrigo Menezes
Clément Rosset critica Georges Bataille, em sua Lógica do pior (1971), por supostamente mistificar o saber trágico e a consciência trágica, dando a entender que seriam o apanágio de um seleto grupo de intelectuais iluminados (a começar por Bataille, provoca Rosset), graças a um suposto "despertar" espiritual que nem todos os mortais podem ter. Esta… Continue lendo “Dos males, qual o pior? Acaso trágico e fatalismo gnóstico em Clément Rosset e Emil Cioran” – Rodrigo Menezes
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