Mas ainda é a hora dos homens de letras. O romantismo, com sua revolta luciferina, só servirá realmente às aventuras da imaginação. Como Sade, ele se separará da revolta da antiguidade pela preferência dada ao mal e ao indivíduo. Ao ressaltar seus poderes de desafio e de recusa, a revolta nesse estágio esquece seu conteúdo… Continue lendo “A revolta dos dândis” – Albert CAMUS
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“O equívoco do gênio” – CIORAN
Toda inspiração procede de uma faculdade de exagero: o lirismo – e todo o mundo da metáfora – seria uma excitação lamentável sem esse ardor que incha as palavras até fazê-las estourar. Quando os elementos ou as dimensões do cosmo parecem demasiado reduzidos para servir de termos de comparação a nossos estados, a poesia só… Continue lendo “O equívoco do gênio” – CIORAN
Cioran e Keats: o imperativo da intensidade e poéticas do grotesco
Segundo o tradutor Péricles Eugênio da Silva Ramos, o princípio da intensidade desempenha um papel fundamental na poética de John Keats (1795-1821). Em 21 de dezembro de 1817, o poeta inglês escreveria, em carta ao irmão George, que "a excelência de toda arte está em sua intensidade, capaz de fazer o desagradável ('all desagreeables') evaporar… Continue lendo Cioran e Keats: o imperativo da intensidade e poéticas do grotesco
“Mihail Eminesco” – E.M. Cioran
Este breve ensaio compõe a primeira versão do Breviário de decomposição (1949), o début literário em língua francesa de Emil (doravante E. M.) Cioran, tendo sido excluído da versão final que ganharia, em 1950, o Prix Rivarol para jovens escritores estrangeiros. A versão inicial do Précis, intitulada Exercices négatifs, foi publicada postumamente, em 2005, numa… Continue lendo “Mihail Eminesco” – E.M. Cioran
Abaixo as Verdades Sagradas – Harold BLOOM
POR VOLTA DO ANO 100 ANTES DA ERA COMUM, um fariseu compôs o que a tradição chamou o Livro dos Jubileus, título exuberante para obra tão medíocre. Esse texto prolixo é também conhecido como o Pequeno Gênesis, uma estranha denominação, pois é muito mais longo do que o Gênesis e compreende também o Êxodo. Não… Continue lendo Abaixo as Verdades Sagradas – Harold BLOOM
“Art & Civilization” – John DEWEY
Art is more moral than moralities. For the latter either are, or tend to become, consecrations of the status quo, reflections of custom, reënforcements of the established order. The moral prophets of humanity have always been poets even though they spoke in free verse or by parable. John Dewey, Art as Experience (1934) The implicit… Continue lendo “Art & Civilization” – John DEWEY
Iluminismo & Romantismo – Harold BLOOM
A NOSSA DEFINIÇÃO CLÁSSICA daquilo que o sublime literário reivindica pode ser encontrada nas sentenças iniciais de The romantic sublime O sublime romântico de Thomas Weiskel: A alegação essencial do sublime é que o homem pode, no sentimento e na linguagem, transcender o humano. O que se encontra além do humano, se é que algo… Continue lendo Iluminismo & Romantismo – Harold BLOOM
“Confissão resumida / Relendo…” – CIORAN
“O cenário do saber” – CIORAN
NOSSAS VERDADES não valem mais que as de nossos antepassados. Depois de haver substituído seus mitos e seus símbolos por conceitos, nos julgamos mais “avançados”; mas esses mitos e esses símbolos não exprimem menos que nossos conceitos. A Árvore da Vida, a Serpente, Eva e o Paraíso significam tanto como: Vida, Conhecimento, Tentação, Inconsciente. As… Continue lendo “O cenário do saber” – CIORAN