“As vantagens da debilidade” – CIORAN

O indivíduo que não ultrapassa sua qualidade de belo exemplar, de modelo acabado, e cuja existência confunde-se com seu destino vital, coloca-se fora do espírito. A masculinidade ideal – obstáculo à percepção das nuanças – comporta uma insensibilidade em relação ao sobrenatural cotidiano, de onde a arte extrai sua substância. Quanto mais natureza se é,… Continue lendo “As vantagens da debilidade” – CIORAN

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“O segundo Cioran e a campanha abolicionista da alma” – Rodrigo MENEZES

Uma das diferenças mais marcantes no pensamento de Cioran na passagem dos escritos romenos aos franceses, após a Segunda Guerra, é a reação crítica, em nome da lucidez do espírito, às ilusões das quais outrora fizera a apologia (ver O Livro das ilusões). "Ilusão" se refere, antes de tudo, e fundamentalmente, à ilusão de profundidade,… Continue lendo “O segundo Cioran e a campanha abolicionista da alma” – Rodrigo MENEZES

“Nietzsche, una ética de la superficie” (Alfredo Abad)

El profesor de la UTP habla de ese tema tan esencial en Nietzsche, y actualizado por Cioran a su manera: la ética de la superficie, "por exceso de profundidad". https://www.youtube.com/watch?v=-M7pGJLq7N8&feature=youtu.be

“Estatuto paradoxal da pele e cultura contemporânea: da porosidade à pele-teflon” – Maria Cristina Franco FERRAZ

Galaxia (São Paulo, Online), n. 27, p. 61-71, jun. 2014 Resumo: A exploração do estatuto paradoxal da pele – interface dentro/fora – permite ultrapassar a dicotomia metafísica superfície/profundidade, problematizando a tendência atual, também expressa na teoria, a um elogio das superfícies e a um horror por oposições dicotômicas. Possibilita avaliar as implicações do fechamento da… Continue lendo “Estatuto paradoxal da pele e cultura contemporânea: da porosidade à pele-teflon” – Maria Cristina Franco FERRAZ

“Profundidade e melancolia: a propósito de Liliana Herrera” – Olga Lucía Betancourt S.

Sua recordação por detrás de um véu de nostalgia, e em seus frágeis ombros o peso da desrazão da Existência, da incompreensão em relação à Vida; com uma infância e uma adolescência precoces, dedicando-se aos estudos, à investigação, em sua infinita curiosidade intelectual. Adolescente, empreendeu e terminou uma carreira de psicologia infantil em Cali, mas… Continue lendo “Profundidade e melancolia: a propósito de Liliana Herrera” – Olga Lucía Betancourt S.

“O veneno abstrato” – CIORAN

MESMO nossos males vagos, nossas inquietudes difusas, quando degeneram em  fisiologia, convém, por um processo inverso, reconduzi-los às manobras da inteligência. E se alçássemos o tédio – percepção tautológica do mundo, tênue ondulação da duração – à dignidade de uma elegia dedutiva, se oferecêssemos a ele a tentação de uma prestigiosa esterilidade? Sem o recurso… Continue lendo “O veneno abstrato” – CIORAN

“A Grande Dor, extremo liberador do espírito” – NIETZSCHE

1. Freqüentemente me perguntei se não tenho um débito mais profundo com os anos mais difíceis de minha vida do que com outros quaisquer. Minha natureza íntima me ensina que tudo necessário, visto do alto e no sentido de uma grande economia, é também vantajoso em si -- deve-se não apenas suportá-lo, deve-se amá-lo... Amor… Continue lendo “A Grande Dor, extremo liberador do espírito” – NIETZSCHE

“Dualidade” (E.M. Cioran)

HÁ UMA VULGARIDADE que nos faz admitir qualquer coisa deste mundo, mas que não é bastante poderosa para nos fazer admitir o mundo mesmo. Assim, podemos suportar os males da vida repudiando a Vida, deixar-nos arrastar pelas efusões do desejo rejeitando o Desejo. No assentimento à existência existe uma espécie de baixeza, a qual escapamos… Continue lendo “Dualidade” (E.M. Cioran)