Revista Rapsódia, (8), 2014, p. 51-67 O título bastante pomposo dessa conferência vem da hipótese que gostaria de desenvolver com vocês: na paisagem filosófica contemporânea, em particular no domínio pleno de relações tumultuosas entre filosofia e literatura, Paul Ricœur ocupa um lugar privilegiado. Sem curvar a filosofia sobre uma forma específica de literatura nem a… Continue lendo “Da dignidade ontológica da literatura” – Jeann-Marie GAGNEBIN
Tag: Proust
“O trágico de repetição” – Clément ROSSET
Uma análise sumária do trágico de repetição permite precisar um pouco a natureza do silêncio trágico e de sua inaptidão à interpretação. Marx, parafraseando Hegel, diz que os eventos históricos se produzem sempre duas vezes, a primeira de modo trágico, a segunda (repetição) de modo cômico (O dezoito brumário). É certo que a repetição possui… Continue lendo “O trágico de repetição” – Clément ROSSET
“A inobservância do real” – Clément ROSSET
Numa cena de um filme de Buster Keaton, As três idades, vê-se um personagem singular, meio astrólogo meio meteorologista, mergulhado em cálculos complicados destinados a determinar o tempo que faz do lado de fora. Havendo-se decidido por um “bom fixo”, grava a informação numa tabuleta — presume-se que a cena tem por cenário a Roma… Continue lendo “A inobservância do real” – Clément ROSSET
“Esther Seligson” – Elena PONIATOWSKA
La Jornada, Mexico, 14 de febrero de 2010 "Tienes que poder." "No puedo." "Claro que puedes" – la voz se hace aún más tajante. "Esther, el 7 de julio es el cumpleaños de mi hijo." Al oír la palabra "hijo", Esther cambia radicalmente. (A ella se le murió su hijo Adrián, que voló de este mundo.) "Ah, entonces… Continue lendo “Esther Seligson” – Elena PONIATOWSKA
“O Princípio de Crueldade” – Clément ROSSET
Intérprete do pensamento trágico, Clément Rosset defende a idéia de que toda realidade é cruel. Essa “ética da crueldade” se baseia em dois princípios que são o objeto principal deste livro. O primeiro, o princípio de realidade suficiente: o real basta e dele nada escapa, posto que é real. Cabe aos homens se contentar e… Continue lendo “O Princípio de Crueldade” – Clément ROSSET
“O princípio de crueldade” – Clément ROSSET
"Hipocondria melancólica", observa Gérard de Nerval em um diário. "É um mal terrível: faz ver as coisas tais como são." Por "crueldade" do real entendo em primeiro lugar, é claro, a natureza intrinsecamente dolorosa e trágica da realidade. Não me estenderei sobre este primeiro sentido, mais ou menos conhecido de todos, e sobre o qual… Continue lendo “O princípio de crueldade” – Clément ROSSET
Relatório sobre um relatório de atividade universitária (1938-1939)
Lendo o relatório “sur mon activité universitaire pendant l’année universitaire 1938-1939”, do jovem Cioran. Que delícia digestiva após um almoço não menos delicioso (ensopado de peixe com pirão, além de 4 potinhos de uma sobremesa cujo nome não me recordo, e pouco importa, o importante sendo o manjar em si, cuja quantidade consumida não faz senão trair… Continue lendo Relatório sobre um relatório de atividade universitária (1938-1939)
“D’une langue à l’autre : vers une poétique de la traduction dans l’œuvre de Cioran” (Dumita Baron)
Atelier de traduction, 1, Editura Universităţii din Suceava, 2004, p. 67. « On n'habite pas un pays, on habite une langue. » (Cioran) Introduction Une analyse de l’œuvre d’Emil Cioran (1911-1995), écrivain français d’origine roumaine, suppose une confrontation avec le problème de l'impossibilité de comprendre le texte, impossibilité qui résulte non seulement de l'ambiguïté extrême de… Continue lendo “D’une langue à l’autre : vers une poétique de la traduction dans l’œuvre de Cioran” (Dumita Baron)
“Emil Cioran: encontro de uma flor com um machado” (Rodrigo Inácio R. Sá Menezes)
A violência de seus humores e a delicadeza de sua sensibilidade se equilibram para dar forma a uma obra perturbadora e ao mesmo tempo fascinante. Em Cioran, estamos no coração da tragédia, num beco sem saída. “Antiprofeta”, boas-novas são tudo o que ele não veio nos trazer: todo o contrário da autoajuda. Texto publicado na… Continue lendo “Emil Cioran: encontro de uma flor com um machado” (Rodrigo Inácio R. Sá Menezes)
“O silêncio do dândi romeno” – Leda Tenório da MOTTA
Especial para a Folha de São Paulo, Caderno Mais!, 17 de fevereiro de 1995 Com pudor inusual e ironia perfeita, Emil Michel Cioran renuncia à literatura em 1987, no exato momento em que está saindo de um longo anonimato para alcançar o que a muitos só teria aconselhado a continuar: reconhecimento da crítica, prêmios, que invariavelmente… Continue lendo “O silêncio do dândi romeno” – Leda Tenório da MOTTA
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