Se a revolta metafísica recusa o sim, limitando-se a negar de modo absoluto, ela se destina a parecer. Se cai na adoração do que existe, renunciando a contestar uma parte da realidade, obriga-se mais cedo ou mais tarde a agir. Entre um e outro, Ivan Karamazov representa, mas num sentido doloroso, o laisser-faire. A poesia… Continue lendo “A poesia revoltada” – CAMUS
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“O absurdo e o assassinato” – Albert CAMUS
Há crimes de paixão e crimes de lógica. O código penal distingue um do outro, bastante comodamente, pela premeditação. Estamos na época da premeditação e do crime perfeito. Nossos criminosos não são mais aquelas crianças desarmadas que invocavam a desculpa do amor. São, ao contrário, adultos, e seu álibi é irrefutável: a filosofia pode servir… Continue lendo “O absurdo e o assassinato” – Albert CAMUS
“O emigrado metafísico: o gnóstico” – Sylvie JAUDEAU
A atitude gnóstica constitui, com efeito, a chave de uma obra representativa das tendências contraditórias deste século: niilismo, angelismo, revolta e fatalismo. Mais precisamente, ela nos fornece a resposta a esta questão que não falha em colocar-se a propósito de Cioran: como o niilismo é compatível com uma criação literária? O ato literário em si… Continue lendo “O emigrado metafísico: o gnóstico” – Sylvie JAUDEAU
“O absurdo e a revolta em Camus” (José João Neves Barbosa Vicente & Frances Deizer Gontijo)
TRÍAS - Revista eletrônica online de Filosofia, História, Literatura e Ciências Sociais, nº 3 (2º semestre de 2011) RESUMO: O presente artigo propõe analisar os conceitos de absurdo e de revolta na obra O homem revoltado (1999) de Albert Camus no intuito de mostrar que, no primeiro conceito existe um “eu” solitário, no segundo, um “eu” solidário. A análise… Continue lendo “O absurdo e a revolta em Camus” (José João Neves Barbosa Vicente & Frances Deizer Gontijo)
Niilismo, Existencialismo, Gnose – Franco VOLPI
A obra de Heidegger oferece, com certeza, fundamental contribuição para a análise do niilismo europeu. No entanto, em última instância, ela apresenta um paradoxo singular, que é também o paradoxo de uma parte importante do pensamento contemporâneo. Nela, com efeito, parecem tocar-se e conviver dois extremos incompatíveis: de um lado, um niilismo radical; de outro,… Continue lendo Niilismo, Existencialismo, Gnose – Franco VOLPI
“Do desespero no qual queremos ser nós próprios, ou desespero-desafio”(Kierkegaard)
Começamos pela mais inferior das formas do desespero, no qual não queremos ser nós próprios. Mas aquele em que o queremos, de todos o mais condensado, é o desespero demoníaco. E não é sequer por estóico apego ou por self-idolatria que este eu quer ser ele próprio; não é, como no último caso, por uma… Continue lendo “Do desespero no qual queremos ser nós próprios, ou desespero-desafio”(Kierkegaard)