“Niilismo e história” – Albert CAMUS

Cento e cinquenta anos de revolta metafísica e de niilismo viram retornar com obstinação, sob diferentes disfarces, o mesmo rosto devastado, o do protesto humano. Todos, erguidos contra a condição humana e seu criador, afirmaram a solidão da criatura, o nada de qualquer moral. Mas, ao mesmo tempo, todos procuraram construir um reino puramente terrestre… Continue lendo “Niilismo e história” – Albert CAMUS

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“A recusa da salvação” – Albert CAMUS

Se o revoltado romântico exalta o indivíduo e o mal, não toma por isso mesmo o partido dos homens, mas apenas o próprio partido. O dandismo é sempre e em qualquer de suas formas um dandismo em relação a Deus. Na qualidade de criatura, o indivíduo só pode opor-se ao criador. Ele tem necessidade de… Continue lendo “A recusa da salvação” – Albert CAMUS

“A revolta dos dândis” – Albert CAMUS

Mas ainda é a hora dos homens de letras. O romantismo, com sua revolta luciferina, só servirá realmente às aventuras da imaginação. Como Sade, ele se separará da revolta da antiguidade pela preferência dada ao mal e ao indivíduo. Ao ressaltar seus poderes de desafio e de recusa, a revolta nesse estágio esquece seu conteúdo… Continue lendo “A revolta dos dândis” – Albert CAMUS

“O Esquecimento, a Desrazão” – Maurice BLANCHOT

A RELAÇÃO DO DESEJO com o esquecimento como aquilo que se inscreve previamente fora da memória, relação com aquilo de que não pode haver recordação e que sempre precede, apaga a experiência de um traço, esse movimento que se exclui e que, por essa exclusão, se designa como exterior a si próprio, requer assim uma… Continue lendo “O Esquecimento, a Desrazão” – Maurice BLANCHOT

“Schopenhauer: o mundo como tribunal” – Susan NEIMAN

Considerem Schopenhauer um ponto de exclamação. Ele estava fora de sintonia com sua época, um século que via esforçando-se para se livrar de Kant e brindar à saúde de Leibniz (Schopenhauer 1:510). Kant deu expressão metafísica à crise e à fratura. Aqueles que o sucederam buscaram curá-la. Velhos modelos de Providência eram incapazes de sobreviver… Continue lendo “Schopenhauer: o mundo como tribunal” – Susan NEIMAN

“O Marquês de Sade e a sombria divindade da Natureza” – John GRAY

"Arrogante, colérico, irascível, em tudo radical, com uma imaginação dissoluta como nunca se viu, ateu até o fanatismo, em suma este sou eu, e que me aceitem como sou, pois não mudarei."' Essa autodescrição fornece um perfil admiravelmente preciso do marquês de Sade. Eternamente associado à crueldade — a expressão "sadismo" foi cunhada no fim… Continue lendo “O Marquês de Sade e a sombria divindade da Natureza” – John GRAY

“No segredo dos moralistas” – E.M. CIORAN

Quando enchemos todo o universo de tristeza, só nos resta, para reavivar o espírito, a alegria, a rara, a fulgurante alegria; e é quando já não esperamos mais que sofremos a fascinação da esperança: a Vida, presente oferecido aos vivos pelos obcecados da morte… Como a direção de nossos pensamentos não é a de nossos… Continue lendo “No segredo dos moralistas” – E.M. CIORAN

“Os defensores de Deus: Leibniz e Pope” (Susan Neiman)

Leibniz escreveu que todos condenam a opinião de Afonso de que o mundo poderia ser melhor. Juntava-se à condenação generalizada e se perguntava por que, apesar dela, o mundo dos filósofos e teólogos continha tantos Afonsos modernos. Pois qualquer um que pense que Deus poderia ter feito o mundo melhor e escolheu não o fazer… Continue lendo “Os defensores de Deus: Leibniz e Pope” (Susan Neiman)

“How different really are atheists and believers?” – Costica BRADATAN

The Washington Post, November 16, 2018 Costica Bradatan is a professor of humanities at Texas Tech University. He is the author, most recently, of “Dying for Ideas: The Dangerous Lives of the Philosophers.” ‘If you want to understand atheism and religion,” writes John Gray in his new book, “Seven Types of Atheism,” “you must forget… Continue lendo “How different really are atheists and believers?” – Costica BRADATAN

“Cioran: a reflection on decadence as a lifestyle” – Angelo MITCHIEVICI

DACOROMANIA LITTERARIA, IV, 2017, pp. 12–33 “All’s good if it’s excessive.”Pier Paolo Pasolini, Salò, or the 120 Days of Sodom I, the Decadent The term “decadence” generated ample debate during the nineteenth century among historians, philosophers, scholars and writers. Its derived term, decadentism – coined by the low-profile literary critic Anatole Baju and writ large… Continue lendo “Cioran: a reflection on decadence as a lifestyle” – Angelo MITCHIEVICI