“Conhece-te a ti mesmo” e a gnose helenística: Sócrates e o Herege Gnóstico (um contraponto) | Minicurso on-line

Gnosis é uma das palavras gregas para dizer “conhecimento”, mas não a única (há também episteme). Encontramo-la na máxima délfica que se tornaria o lema socrático por excelência: “Conhece-te a ti mesmo”, Gnôthi seauton em grego. A gnose, na acepção específica que nos interessa aqui (religião e heresia gnóstica, gnose helenística, gnosticismo cristão), tem em… Continue lendo “Conhece-te a ti mesmo” e a gnose helenística: Sócrates e o Herege Gnóstico (um contraponto) | Minicurso on-line

Publicidade

“O fim da teoria” – Byung-Chul HAN

Numa carta endereçada a sua mulher, escreve Martin Heidegger: “O outro, inseparável do amor a ti e, de outro modo, inseparável do meu pensamento, é difícil de dizer. Chamo-o de Eros, o mais antigo dos deuses, segundo a palavra de Parmênides. O bater as asas daquele deus toca-me cada vez que no pensamento dou um… Continue lendo “O fim da teoria” – Byung-Chul HAN

“O Filósofo confrontado com a (i)mortalidade da alma – uma análise do Fédon à luz da hermenêutica de Gadamer” – Rodrigo MENEZES

Enquanto preparavam a cicuta, aprendia Sócrates uma canção na flauta. “Para que te servirás? lhe perguntaram.” “Para sabê-la antes de morrer.” Ouso recordar esta resposta que os manuais banalizaram, pois que ela me parece a única justificação séria da vontade de conhecer, que se dá até mesmo às portas da morte ou em outro momento… Continue lendo “O Filósofo confrontado com a (i)mortalidade da alma – uma análise do Fédon à luz da hermenêutica de Gadamer” – Rodrigo MENEZES

“Habilidade de Sócrates” – CIORAN

Se tivesse dado precisões acerca da natureza do seu demónio, teria estragado uma boa parte da sua glória. A prudência da sua precaução criou a seu respeito uma curiosidade que inclui antigos e modernos; permitiu, além disso, aos historiadores da filosofia insistirem num caso que se mostra inteiramente estranho às suas preocupações. Trata-se de um… Continue lendo “Habilidade de Sócrates” – CIORAN

« Ignore-toi toi-même » : entretien avec Clément Rosset

Alexandre Lacroix : Vous vous méfiez d’une maxime qui passe pourtant pour une pierre angulaire de la sagesse : « Connais-toi toi-même. » Pourquoi considérez-vous qu’elle nous engage sur une mauvaise voie, dans une recherche stérile ? Clément Rosset : Rappelons pour commencer que la formule « Connais-toi toi-même » n’est pas de Socrate, comme Platon contribue à nous le faire croire dans… Continue lendo « Ignore-toi toi-même » : entretien avec Clément Rosset

“Um estranho nos bastidores” – John GRAY

O santo padroeiro do humanismo é uma figura enigmática. Não temos como saber como era de fato Sócrates, já que a imagem que dele temos foi moldada por Platão. O fundador da filosofia ocidental pode ter sido um sofista que, em vez de aceitar que nada sabia, acreditava nada haver que valesse a pena saber;… Continue lendo “Um estranho nos bastidores” – John GRAY

“Kierkegaard, precursor do Antifilósofo cioraniano” – Rodrigo MENEZES

O prefácio de O Desespero Humano (1849) é bastante elucidativo da problemática existencial -- e religiosa -- colocada pelo pensamento kierkegaardiano, e também da sua divisa intelectual existencial-religiosa em oposição ao "totalitarismo" racionalista do Espírito absoluto hegeliano. "O professor, o mestre de estudos, o estudante e enfim o filósofo, amador ou formado não ficam na… Continue lendo “Kierkegaard, precursor do Antifilósofo cioraniano” – Rodrigo MENEZES

“Como a política é uma questão de logos” [2/2] – Barbara CASSIN

Na República de Platão, em que política e ética se imbricam, submetidas à mesma idéia do Bem, a homonoia determinará uma das quatro virtudes características da alma do indivíduo bem como dessa alma ampliada que é a cidade: ela se definirá como sentido da hierarquia (IV, 432 a) e, com a justiça, virtude da estrutura,… Continue lendo “Como a política é uma questão de logos” [2/2] – Barbara CASSIN

“É preciso ser cético” – Marcio Tavares D’AMARAL

O Globo, 26/12/2015 Duvidando de todos os sins, eles têm certeza de todos os nãos Céticos são os que duvidam de tudo. Não acreditam em promessas, juras de amor, boas intenções. Olham de banda a própria realidade, que corre sob seus narizes: é falsa. Política? É lama. Políticos? Bandidos. E, evidentemente, não lhes venham com… Continue lendo “É preciso ser cético” – Marcio Tavares D’AMARAL

História do ceticismo (Bertrand Russell)

Tímon passou os últimos anos de sua longa vida em Atenas, onde morreu no ano de 235 a.C. Com sua morte, a escola de Pirro teve fim enquanto escola, mas, por mais estranho que possa parecer, suas doutrinas foram adotadas -- com algumas alterações -- pela Academia, representante da tradição platônica. O homem que realizou… Continue lendo História do ceticismo (Bertrand Russell)