“Matar o tempo”, assim se exprime a banal e profunda inquietação do tédio (plictiseală). A independência do curso temporal em relação à imediatidade vital nos torna sensíveis ao inessencial, ao vácuo do devir que perdeu sua substância: uma duração sem conteúdo vital. Viver no imediato associa a vida e o tempo em uma unidade fluida,… Continue lendo “Matar o tempo” – CIORAN
Tag: Tédio
“Enfoques sobre a tolerância” – CIORAN
Sinais de vida: a crueldade, o fanatismo, a intolerância; sinais de decadência: a amenidade, a compreensão, a indulgência... Enquanto uma instituição se apoia sobre instintos fortes, não admite inimigos nem heréticos: os degola, os queima ou os encarcera. Fogueiras, cadafalsos, prisões!, não foi a maldade que as inventou, foi a convicção, qualquer convicção total. Instaura-se… Continue lendo “Enfoques sobre a tolerância” – CIORAN
“A Fenomenologia do Tédio no Livro do Desassossego: de Martin Heidegger a Fernando Pessoa” – Gabriela Sofia MARTINS PÓ
Tese apresentada à Universidade de Évora para obtenção do Grau de Doutor em Filosofia, abril de 2015 RESUMO: O tema desta dissertação é o fenómeno do tédio e a perspetiva que adotamos é a fenomenologia existencial. Pretendemos investigar como é que a fenomenologia do tédio em Heidegger pode ajudar a compreender a fenomenologia do tédio… Continue lendo “A Fenomenologia do Tédio no Livro do Desassossego: de Martin Heidegger a Fernando Pessoa” – Gabriela Sofia MARTINS PÓ
“No balanço do tédio: Heidegger e o tédio como tonalidade afetiva fática” – Marco Antonio CASANOVA
O que nos faz pensar, PUC-RIO, [S.l.], v. 29, n. 47, p. 79-107, dec. 2020. ISSN 0104-6675. [PDF] RESUMO: O intuito do presente texto é acompanhar as razões pelas quais Heidegger retoma em sua preleção de 1929/30 Os conceitos fundamentais da metafísica (mundo – finitude – solidão) o projeto de Ser e tempo de uma análise do existente humano… Continue lendo “No balanço do tédio: Heidegger e o tédio como tonalidade afetiva fática” – Marco Antonio CASANOVA
“Emil Cioran e Albert Cossery, entre a dor e a alegria de existir”: entrevista com Belén Nava Valdés (UAEMéx)
Com Cioran descobri que havia uma outra forma de “fazer filosofia”. Mais do que ler um pensador, aproximo-me de Cioran numa tentativa, sempre interminável, de autocompreensão.Belén N. Valdés Belén Nava Valdés é formada em Filosofia e Antropologia Social pela Universidad Autónoma del Estado de México (UAEMéx). Leciona no Instituto Politécnico Nacional (IPN). É mestranda em… Continue lendo “Emil Cioran e Albert Cossery, entre a dor e a alegria de existir”: entrevista com Belén Nava Valdés (UAEMéx)
“A Flor e a Náusea” – DRUMMOND
Preso à minha classe e a algumas roupas,vou de branco pela rua cinzenta.Melancolias, mercadorias espreitam-me.Devo seguir até o enjoo?Posso, sem armas, revoltar-me? Olhos sujos no relógio da torre:Não, o tempo não chegou de completa justiça.O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.O tempo pobre, o poeta pobrefundem-se no mesmo impasse. Em vão… Continue lendo “A Flor e a Náusea” – DRUMMOND
“Nos Funerais do Desejo” – E.M. CIORAN
Uma caverna infinitesimal boceja em cada célula… Sabemos onde se instalam as doenças, seu lugar, a carência definida dos órgãos; mas esse mal sem sede…, essa opressão sob o peso de mil oceanos, esse desejo de um veneno idealmente maléfico… As vulgaridades da primavera, as provocações do sol, do viço, da seiva… Meu sangue se… Continue lendo “Nos Funerais do Desejo” – E.M. CIORAN
Tédio como vazio de significado pessoal – Lars SVENDSEN
Beckett escolheu a distorção, isto é, a arte. A antítese que ele propõe entre isolamento honesto e sociabilidade desonesta e a inevitável falta de comunicação que resulta de ambas pode servir como definição de toda a sua obra. Como ele também diz: "Estamos sós. Não podemos conhecer e não podemos ser conhecidos." Todo gesto extrovertido… Continue lendo Tédio como vazio de significado pessoal – Lars SVENDSEN
“Só através do coração sabemos que algo muda”: entrevista com Simona Constantinovici sobre o Dicţionar de Termeni Cioranieni (2/3)
“Constantin Noica identifica em certas palavras romenas a história de nosso povo mesmo, como por exemplo o fenômeno da transumância. A tentativa de traduzi-las equivaleria a desenraizá-las, aniquilando assim o seu potencial ancestral de motivar a língua, o modo de ser de um povo, seu sentimento profundo. As palavras têm o mesmo destino que os… Continue lendo “Só através do coração sabemos que algo muda”: entrevista com Simona Constantinovici sobre o Dicţionar de Termeni Cioranieni (2/3)
“Por que a Ásia está melhor que a Europa na pandemia? O segredo está no civismo” (Byung-Chul Han)
A segunda onda do coronavírus é mais benigna no continente asiático que no europeu. A explicação, argumenta o filósofo Byung-Chul Han, está na responsabilidade dos cidadãos - EL PAÍS, 30 de outubro 2020 Ao ser perguntado sobre como o Japão conseguiu combater a pandemia com tanto sucesso em comparação com o Ocidente, o ministro japonês da… Continue lendo “Por que a Ásia está melhor que a Europa na pandemia? O segredo está no civismo” (Byung-Chul Han)
Você precisa fazer login para comentar.