“O conhecimento arruína o amor”: o conflito entre Logos e Eros no pessimismo antropológico de Cioran

O conhecimento arruína o amor: à medida que desvendamos nossos próprios segredos, detestamos nossos semelhantes precisamente porque se assemelham a nós. Quando já não se tem ilusões sobre si mesmo, também não se tem sobre os outros; o inominável, que se descobre por introspecção, estende se, por uma generalização legítima, ao resto dos mortais; depravados… Continue lendo “O conhecimento arruína o amor”: o conflito entre Logos e Eros no pessimismo antropológico de Cioran

A transparência destrói a confiança: um paradoxo – Byung-Chul HAN

Frente ao progresso irrefreável das técnicas de supervisão, o futurista David Brin assevera a fuga para frente, exigindo a supervisão de todos por todos; portanto, uma democratização da supervisão. A partir daí ele tem esperança de criar uma transparent society. Desse modo, postula um imperativo categórico: “Can we stand living exposed to scrutiny, our secrets… Continue lendo A transparência destrói a confiança: um paradoxo – Byung-Chul HAN

“O filósofo e o marqueteiro: o ‘melhor dos mundos possíveis’ como conto do vigário publicitário” – Rodrigo MENEZES

Byung-Chul Han é um filósofo contemporâneo conhecido por sua crítica à assim-chamada “ditadura da positividade”, o que, numa sociedade da positividade, não pode soar senão como um terrível paradoxo: a positividade nunca constitui "ditadura", só a negatividade. É preciso entender o conceito de positividade trabalhado por Han em toda a sua amplitude: do conforto material… Continue lendo “O filósofo e o marqueteiro: o ‘melhor dos mundos possíveis’ como conto do vigário publicitário” – Rodrigo MENEZES

“«Dialética da indolência»: heresia e idiotismo contra a tirania da positividade tóxica” – Rodrigo Menezes

Quis suprimir em mim as razões que os homens invocam para existir e para agir. Quis tornar-me indizivelmente normal – e eis-me aqui, no embrutecimento, no mesmo plano que os idiotas e tão vazio como eles.CIORAN, Breviário de decomposição, p. 62 Ser mais inutilizável que um santo...CIORAN, Silogismos da amargura, p. 75 Cioran e Byung-Chul… Continue lendo “«Dialética da indolência»: heresia e idiotismo contra a tirania da positividade tóxica” – Rodrigo Menezes

“Sociedade da intimidade” – Byung-Chul HAN

O século XVIII é caracterizado como theatrum mundi, no qual o espaço público é equiparado a um palco. A distância cênica impede o contato imediato entre corpos e almas. O teatral é contraposto ao táctil, pois através de formas e sinais rituais comunica-se aquilo que pesa sobre a alma. Na Modernidade, renuncia-se cada vez mais… Continue lendo “Sociedade da intimidade” – Byung-Chul HAN

Manuais de anti-ajuda: Byung-Chul Han & Emil Cioran, críticos da positividade tóxica

Se, na Idade Teológica, ser humano significava adorar a Deus (Jesus), se ser virtuoso significava ser um cristão de fidelidade a toda prova (um santo) e ser mau significava ser herege (uma feiticeira), na Idade da Razão ser verdadeiramente humano significa adorar a Ciência (a Tecnologia, o Progresso), ser virtuoso significa gozar boa saúde (ser… Continue lendo Manuais de anti-ajuda: Byung-Chul Han & Emil Cioran, críticos da positividade tóxica