“Cristianismo, neoplatonismo e gnose” – Fernando PESSOA

Assim, nós vimos que o cristianismo amalgamou elementos que a análise reduz a cinco, mas que, quanto à sua origem, são três: o monoteísmo judaico, o misticismo neoplatónico, e o paganismo da decadência romana (?????). No conflito com o judaísmo, o mais rigidamente judaico cristismo refluiu para a origem, e perdeu-se. No conflito com o… Continue lendo “Cristianismo, neoplatonismo e gnose” – Fernando PESSOA

“Tenho tanto sentimento” – Fernando PESSOA

Tenho tanto sentimentoQue é frequente persuadir-meDe que sou sentimental,Mas reconheço, ao medir-me,Que tudo isso é pensamento,Que não senti afinal. Temos, todos que vivemos,Uma vida que é vividaE outra vida que é pensada,E a única vida que temosÉ essa que é divididaEntre a verdadeira e a errada. Qual porém é verdadeiraE qual errada, ninguémNos saberá explicar;E… Continue lendo “Tenho tanto sentimento” – Fernando PESSOA

Monotonia – Fernando Pessoa | Mundo dos poemas ▶️

Uma só coisa me maravilha mais do que a estupidez com que a maioria dos homens vive a sua vida: é a inteligência que há nessa estupidez. https://www.youtube.com/watch?v=sks7w5yNfik A monotonia das vidas vulgares é, aparentemente, pavorosa. Estou almoçando neste restaurante vulgar, e olho, para além do balcão, para a figura do cozinheiro, e, aqui ao… Continue lendo Monotonia – Fernando Pessoa | Mundo dos poemas ▶️

“A vida fictícia e alheia da maioria dos homens” – Fernando PESSOA

A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem. Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros ainda se perdem (...) Mas a… Continue lendo “A vida fictícia e alheia da maioria dos homens” – Fernando PESSOA

“Canto a Leopardi” – Fernando PESSOA

Ah, mas da voz exâmine pranteiaO coração aflito respondendo:«Se é falsa a ideia, quem me deu a ideia?Se não há nem bondade nem justiçaPorque é que anseia o coração na liçaOs seus inúteis mitos defendendo? Se é falso crer num deus ou num destinoQue saiba o que é o coração humano,Porque há o humano coração… Continue lendo “Canto a Leopardi” – Fernando PESSOA

“Cenotáfio” – Fernando PESSOA

Nem viúva nem filho lhe pôs na boca o óbolo, com que pagasse a Caronte. São velados para nós os olhos com que transpôs a Estige e viu nove vezes reflectido nas águas ínferas o rosto que não conhecemos. Não tem nome entre nós a sombra agora errante nas margens dos rios soturnos; o seu… Continue lendo “Cenotáfio” – Fernando PESSOA

“A Fenomenologia do Tédio no Livro do Desassossego: de Martin Heidegger a Fernando Pessoa” – Gabriela Sofia MARTINS PÓ

Tese apresentada à Universidade de Évora para obtenção do Grau de Doutor em Filosofia, abril de 2015 RESUMO: O tema desta dissertação é o fenómeno do tédio e a perspetiva que adotamos é a fenomenologia existencial. Pretendemos investigar como é que a fenomenologia do tédio em Heidegger pode ajudar a compreender a fenomenologia do tédio… Continue lendo “A Fenomenologia do Tédio no Livro do Desassossego: de Martin Heidegger a Fernando Pessoa” – Gabriela Sofia MARTINS PÓ

Fernando Pessoa and the Terrible Paradox of Self-Awareness | Pursuit of Wonder

https://www.youtube.com/watch?v=6qU1sDBU9Cs In this video, we explore a mysterious yet beautiful work of literature produced by one of the most interesting writers of the twentieth century: The Book of Disquiet by Fernando Pessoa. The story of the book itself is perhaps as unsettling as its contents. RELATED CONTENT:

“A morte do príncipe” – Fernando PESSOA

[PRÍNCIPE] – Todo este universo é um livro em que cada um de nós é uma frase. Nenhum de nós, por si mesmo, faz mais que um pequeno sentido, ou uma parte de sentido; só no conjunto do que se diz se percebe o que cada um verdadeiramente quer dizer. Uns são frases que como… Continue lendo “A morte do príncipe” – Fernando PESSOA

“À escuta da linguagem: Heidegger e Pessoa” – Vânia Lúcia KAMPFF

Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Filosofia do Departamento de Filosofia da PUC-Rio, março de 2020. A tese “À escuta da linguagem: Heidegger e Pessoa” busca, como o título sugere, uma aproximação entre o pensamento filosófico de Martin Heidegger e a linguagem poética de Fernando… Continue lendo “À escuta da linguagem: Heidegger e Pessoa” – Vânia Lúcia KAMPFF