“A poesia como reflexo metafísico: a propósito de Gilda Vălcan” – Simona Constantinovici

LaPunkt, março de 2024 Trad. do romeno de Rodrigo Menezes Într-o lume lipsită de melancolie, privighetorile s-ar apuca să rîgîie. Cioran, Silogismele amărăciunii (trad. de Nicolae Bârna) Gilda Vălcan criou, no panorama da poesia atual, um espaço à parte, todo especial, de reflexividade, metamórfico por excelência. Privighetoarea mecanică [O rouxinol mecânico], volume de poesia publicado… Continue lendo “A poesia como reflexo metafísico: a propósito de Gilda Vălcan” – Simona Constantinovici

“I Have Come into this World to See This” – RUMI

I have come into this world to see this:the sword drop from men’s hands even at the heightof their arc of anger because we have finally realized there is just one flesh to woundand it is His – the Christ’s, ourBeloved’s. I have come into this world to see this: all creatures hold hands aswe… Continue lendo “I Have Come into this World to See This” – RUMI

“Love (III)”, a poem by George Herbert (English/Portuguese)

In two letters written shortly before she sailed from Marseille in May 1942, Simone Weil reveals the profound impact George Herbert’s ‘Love’ (now commonly titled ‘Love [III]’) had on her. While reciting the poem to herself during intense headaches, Simone Weil had a mystical experience in which the Christ descended and took possession of her. … Continue lendo “Love (III)”, a poem by George Herbert (English/Portuguese)

“If I must die”: Scottish actor Brian Cox reads final poem of Palestinian scholar and poet Refaat Alareer (1979-2023) ▶️

Ominous verses. "If I must die" was the last poem composed by Refaat Alareer before being killed—like almost 20 thousand innocent Palestinians—by an Israeli airstrike in Gaza. Refaat Alareer (23 September 1979 – 6 December 2023) was a prominent Palestinian writer, poet, professor, and activist from the Gaza Strip. Alareer was born in Gaza City… Continue lendo “If I must die”: Scottish actor Brian Cox reads final poem of Palestinian scholar and poet Refaat Alareer (1979-2023) ▶️

“Tenho tanto sentimento” – Fernando PESSOA

Tenho tanto sentimentoQue é frequente persuadir-meDe que sou sentimental,Mas reconheço, ao medir-me,Que tudo isso é pensamento,Que não senti afinal. Temos, todos que vivemos,Uma vida que é vividaE outra vida que é pensada,E a única vida que temosÉ essa que é divididaEntre a verdadeira e a errada. Qual porém é verdadeiraE qual errada, ninguémNos saberá explicar;E… Continue lendo “Tenho tanto sentimento” – Fernando PESSOA

Monotonia – Fernando Pessoa | Mundo dos poemas ▶️

Uma só coisa me maravilha mais do que a estupidez com que a maioria dos homens vive a sua vida: é a inteligência que há nessa estupidez. https://www.youtube.com/watch?v=sks7w5yNfik A monotonia das vidas vulgares é, aparentemente, pavorosa. Estou almoçando neste restaurante vulgar, e olho, para além do balcão, para a figura do cozinheiro, e, aqui ao… Continue lendo Monotonia – Fernando Pessoa | Mundo dos poemas ▶️

“L’Exode” (préface en prose) – Benjamin Fondane | Julie Dratwiak ▶️

Mais quand vous foulerez ce bouquet d'ortiesqui avait été moi, dans un autre siècle,en une histoire qui vous sera périmée,souvenez-vous seulement que j'étais innocentet que, tout comme vous, mortels de ce jour-là,j'avais eu, moi aussi, un visage marquépar la colère, par la pitié et la joie,un visage d'homme, tout simplement ! Benjamin Fondane Au départ,… Continue lendo “L’Exode” (préface en prose) – Benjamin Fondane | Julie Dratwiak ▶️

“A peregrinação transamericana do Guesa de Sousândrade” – Haroldo de CAMPOS

Revista da USP, São Paulo, n. 50, junho/agosto 2001, p. 221-231. [PDF] A revisão mais espetacular do passado literário brasileiro é a que ocorreu no início da década de 60 em torno da figura do poeta maranhense Joaquim de Sousa Andrade (1832-1902), que adotava o nome literário de Sousândrade, para, com isso, obter uma sonoridade… Continue lendo “A peregrinação transamericana do Guesa de Sousândrade” – Haroldo de CAMPOS

“A vida fictícia e alheia da maioria dos homens” – Fernando PESSOA

A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem. Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros ainda se perdem (...) Mas a… Continue lendo “A vida fictícia e alheia da maioria dos homens” – Fernando PESSOA

“Canto a Leopardi” – Fernando PESSOA

Ah, mas da voz exâmine pranteiaO coração aflito respondendo:«Se é falsa a ideia, quem me deu a ideia?Se não há nem bondade nem justiçaPorque é que anseia o coração na liçaOs seus inúteis mitos defendendo? Se é falso crer num deus ou num destinoQue saiba o que é o coração humano,Porque há o humano coração… Continue lendo “Canto a Leopardi” – Fernando PESSOA