“Pensadores canônicos e pensadores excêntricos” – Ciprian VĂLCAN

Pensadores canônicos e pensadores excêntricos. A distinção pode ser feita tanto no nível biográfico como no bibliográfico. Os pensadores canônicos têm normalmente uma vida longa e respeitável, são eventualmente pobres, e inteiramente devorados pela tentativa obsedante de perseguir a sua ideia. Os pensadores excêntricos são pegos sempre em acidentes fatais, levam uma existência tumultuosa que… Continue lendo “Pensadores canônicos e pensadores excêntricos” – Ciprian VĂLCAN

“Quando meu corpo me deixa na mão: sobre a morte do escritor E.M. Cioran” – Herta MÜLLER

“Toda vez que o tempo me tortura, digo a mim mesmo que um de nós tem de se esgotar, que não é possível se manter infinitamente nesse cruel olho no olho…”, escreve E. M. Cioran. Agora ela chegou, a morte, a quem Cioran proibiu de falar com a lâmina mais afiada da língua. E se… Continue lendo “Quando meu corpo me deixa na mão: sobre a morte do escritor E.M. Cioran” – Herta MÜLLER

“Um Odisseu da literatura romena” – Rodrigo MENEZES

O ideal é permanecer em um constante estado de partida e ao mesmo tempo sempre chegando. Economiza apresentações e despedidas. A viagem não requer explicações – apenas ocupantes. Waking Life (2001) https://www.youtube.com/watch?v=LpVDbg0esHo Para onde estamos indo? Estamos indo sempre para casa. Novalis “Os filósofos escrevem para os professores; os pensadores, para os escritores”.[1] Esta máxima… Continue lendo “Um Odisseu da literatura romena” – Rodrigo MENEZES

“Sobre hooligans e democratas, então e agora” – Rodrigo MENEZES

O que é um hooligan? Muito antes de ser associado a torcidas organizadas e torcedores fanáticos de futebol, o termo apareceu pela primeira, vez em língua inglesa, ao final do século 19, sem relação com a cultura do esporte mais popular do planeta. Segundo Clarence Rook (1862-1915), autor de Hooligan Nights (1899), “As noites hooligans”… Continue lendo “Sobre hooligans e democratas, então e agora” – Rodrigo MENEZES

“A certeza: sintoma de ignorância ou de loucura” – Fernando PESSOA

A certeza — isto é, a confiança no carácter objectivo das nossas percepções, e na conformidade das nossas ideias com a «realidade» ou a «verdade» — é um sintoma de ignorância ou de loucura. O homem mentalmente são não está certo de nada, isto é, vive numa incerteza mental constante; quer dizer, numa instabilidade mental… Continue lendo “A certeza: sintoma de ignorância ou de loucura” – Fernando PESSOA

“Bailar el tango” – Ciprian VĂLCAN

Revista Humanitas, 152, junho de 2022, p. 44-52. Ao viajar à capital portenha, um filósofo romeno deseja ver de perto o espetáculo de dança e música que o encantava nos programas de TV da sua juventude. Ao vivo, a arte se mostrou atemporal, mas ainda um espelho da sociedade local Byron. Quando eu tinha 15-16… Continue lendo “Bailar el tango” – Ciprian VĂLCAN

“The Revelation of Philip K. Dick” – John GRAY

It would be hard to find a more striking statement of a Gnostic world-view than this: Behind the counterfeit universe lies God … It is not a man who is estranged from God; it is God who is estranged from God. He evidently willed it this way at the beginning, and has never since sought… Continue lendo “The Revelation of Philip K. Dick” – John GRAY

“A revolta dos dândis” – Albert CAMUS

Mas ainda é a hora dos homens de letras. O romantismo, com sua revolta luciferina, só servirá realmente às aventuras da imaginação. Como Sade, ele se separará da revolta da antiguidade pela preferência dada ao mal e ao indivíduo. Ao ressaltar seus poderes de desafio e de recusa, a revolta nesse estágio esquece seu conteúdo… Continue lendo “A revolta dos dândis” – Albert CAMUS

“Por que fazer algo? Uma meditação sobre a procrastinação” – Costică BRĂDĂȚAN

ESCUTA.

Costica Bradatan*

Traduzido por Matheus Lima Targueta**

Você já ouviu falar da estória do arquiteto de Shiraz, que desenhou a mesquita mais bela do mundo? Ninguém jamais atingiu tais traços. Apesar da imponência de tirar o fôlego, era bem-proporcionada, divinamente sofisticada e irradiava um distinto calor humano. Aqueles que viam os planos ficavam boquiabertos.

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“Lo que nunca dijo Cioran” – Alexis RODRÍGUEZ

TRIPTICUM, 23 de abril 2022 Sé que no leerás esta carta y que tan solo el milagro de la resurrección podría alterar el curso de las cosas. Así que este escrito será como lanzar una triste confesión al oído de la almohada o un suspiro al sordo batir de las olas del mar. Nunca recibiré… Continue lendo “Lo que nunca dijo Cioran” – Alexis RODRÍGUEZ