Qual o processo por meio do qual alguém se torna pessimista? Uma grande frequência de depressões num homem que, por ser provido de tanto elã, vive cada momento. Uma fatalidade orgânica provoca depressões descontínuas, sem elementos determinantes e excitantes exteriores, devido apenas a uma profunda perturbação interna: essas depressões sufocam as pulsações do elã, atacam… Continue lendo “Capitulação” – CIORAN
Tag: Nos cumes do desespero (1934)
“O clinamen de Cioran”: uma perspectiva feminina muçulmana. Entrevista com Daria Lebedeva
DARIA LEBEDEVA é ucraniana, nascida em Odessa, e vive atualmente na Suécia. Realizou seu doutorado no Instituto de Filosofia e Sociologia da Academia Polonesa de Ciências (Varsóvia), sob orientação de Agata Bielik-Robson, com uma tese sobre o filósofo romeno de expressão francesa: Cioran’s clinamen: a case analysis of a philosophical influence (2012).[1] Trata-se de uma… Continue lendo “O clinamen de Cioran”: uma perspectiva feminina muçulmana. Entrevista com Daria Lebedeva
“Pobreza da sabedoria” – CIORAN
Detesto os sábios por seu comodismo, seu medo e sua reserva. Amo infinitamente mais os homens dominados por grandes paixões que os devoram até a morte, do que a monótona disposição dos sábios, que os torna insensíveis tanto ao prazer quanto à dor. O sábio desconhece o caráter trágico da paixão, desconhece o medo da… Continue lendo “Pobreza da sabedoria” – CIORAN
“Miséria eterna da humanidade, eterna revolta metafísica” – CIORAN
Frente à miséria, tenho vergonha até da existência da música. A injustiça constitui a essência da vida social. Como aderir, sabendo disso, a qualquer doutrina?CIORAN, Nos Cumes do Desespero (1934) Convencido de que a miséria está intimamente ligada à existência, não posso aderir a nenhuma doutrina humanitária. Elas me parecem, em sua totalidade, igualmente ilusórias… Continue lendo “Miséria eterna da humanidade, eterna revolta metafísica” – CIORAN
“Emil Cioran, o escafandrista do nada” – Pedro MEXIA
Expresso, Portugal, 13 de março de 2021 Ainda que o negrume seja quase idêntico ao dos livros posteriores, o tom poético-diarístico, exaltado e enojado, contrasta com a elegância e a contenção que fariam de Cioran um dos grandes estilistas de língua francesa Emil Cioran não conseguia dormir. Tinha 22 anos, concluíra os estudos universitários em… Continue lendo “Emil Cioran, o escafandrista do nada” – Pedro MEXIA
“Sobre a morte” – CIORAN
Certos problemas, uma vez aprofundados, isolam-nos na vida, esvaziam-nos de tudo: então não temos mais nada a perder ou a ganhar. A aventura espiritual ou a projeção indefinida em direção às formas múltiplas da vida, a tentação de uma realidade inacessível não são mais do que simples manifestações de uma sensibilidade exuberante, privada da seriedade… Continue lendo “Sobre a morte” – CIORAN
“A degradação pelo trabalho” – CIORAN
Os homens geralmente trabalham demais para que possam permanecer fiéis a eles mesmos. O trabalho: uma maldição que o homem transformou em volúpia. Labutar com todas as suas forças somente pelo amor da labuta, encontrar felicidade num esforço que não conduz a nada além de realizações sem valor, estimar que somente por meio do trabalho… Continue lendo “A degradação pelo trabalho” – CIORAN
Carlo Michelstaedter, um filósofo no “cume do desespero” – Gleiton Lentz (n.t.) Nota do Tradutor 🇧🇷
https://www.youtube.com/watch?v=yenb7b1yeQY&t=1s Uma aproximação entre o filósofo romeno e o filósofo italiano, destacando as coincidências biográficas e afinidades eletivas entre eles, em termos de estilo e de pensamento. Carlo Michelstaedter suicidou-se aos 23 anos, a mesma idade de Cioran ao escrever Nos Cumes do Desespero (1934); a defesa da tese de Michelstaedter sobre La persuasione e… Continue lendo Carlo Michelstaedter, um filósofo no “cume do desespero” – Gleiton Lentz (n.t.) Nota do Tradutor 🇧🇷
“À tumba de Cioran” – Liliana HERRERA
O guarda se equivocou ao dar a orientação da tumba de Cioran, dizendo "dez ao norte, cinco ao leste", porque na divisão do número 13 é preciso contar pelo menos dezoito tumbas ao norte, e nove ao leste, para encontrar a do filósofo. Pode-se ver então uma lápide cinza, limpa e brilhante, na qual estão… Continue lendo “À tumba de Cioran” – Liliana HERRERA
“A Conspiração de Lautréamont” – Lucas Calaço Almeida Rocha
"Em Maldoror, o Criador é o inimigo último e primordial, sendo a obra em toda sua integridade uma imensa batalha entre o protagonista e a divindade cristã. Para Maldoror (e, por consequência, para Lautréamont), Deus é seu Luís XIV, o monarca tirânico sentado em Seu trono no Absoluto, um Leviatã da Eternidade que necessita ser… Continue lendo “A Conspiração de Lautréamont” – Lucas Calaço Almeida Rocha
Você precisa fazer login para comentar.