“The beauty of flames” – CIORAN

The beauty of flames lies in their strange play, beyond all proportion and harmony. Their diaphanous flare symbolizes at once grace and tragedy, innocence and despair, sadness and voluptuousness. Their burning transparence has something of the lightness of great purifications. I wish the fiery transcendence would carry me up and throw me into a sea… Continue lendo “The beauty of flames” – CIORAN

“Anarhia n-a intrat in planul Creaţiunii” [A anarquia não estava nos planos da Criação] – CIORAN

Orice revoltă se indreaptă împotriva Creaţiei. Gestul cel mai mic de nesupunere faţă de fire compromite ordinea universală, pe care o acceptă sclavii Creatorului. Nu se poate să fii cu Dumnezeu şi impotriva operei lui ; dar poţi, din dragoste pentru el, să uiţi Creaţia şi chiar s-o dispreţuieşti. Acesta e sensul detaşării de lume… Continue lendo “Anarhia n-a intrat in planul Creaţiunii” [A anarquia não estava nos planos da Criação] – CIORAN

“Nae Ionescu ou o drama da lucidez” (1937) – CIORAN

Comecei a decifrar a confusão causada pela presença do professor Nae Ionescu quando percebi que alguns homens têm tanto brilho que se gostaria de ser vítima deles, de não ser mais si mesmo, de morrer na vida de outrem. Quando o encanto pessoal de alguém é irresistível, abandona-se o orgulho da individuação e tenta-se ser… Continue lendo “Nae Ionescu ou o drama da lucidez” (1937) – CIORAN

“Matar o tempo” – CIORAN

“Matar o tempo”, assim se exprime a banal e profunda inquietação do tédio (plictiseală). A independência do curso temporal em relação à imediatidade vital nos torna sensíveis ao inessencial, ao vácuo do devir que perdeu sua substância: uma duração sem conteúdo vital. Viver no imediato associa a vida e o tempo em uma unidade fluida,… Continue lendo “Matar o tempo” – CIORAN

“As revelações da dor” (excerto) – CIORAN

Nos estados depressivos, o homem se sente desligado do mundo, formando uma dualidade irredutível. Não é por isso que tem a sensação de estar sozinho, abandonado, entregue à morte? Por que a dor existe? Seria absurdo responder que sua aparência e sua existência se justificam porque ela permite compreender o mundo. Se o conhecimento só… Continue lendo “As revelações da dor” (excerto) – CIORAN

“Sobre o vazio interior” – CIORAN

Cînd în lume simţi inutilitatea oricărui efort şi cînd timpul nu mai are nici o semnificaţie creatoare, mai lipseşte numai cadrul obiectiv, mediul exterior pentru a avea deplin senzaţia unui vid interior absolut. În acele înserări de iarnă, cînd noaptea roade din zi ca un cancer, cînd prin geam nu ţi se deschide decît perspectiva… Continue lendo “Sobre o vazio interior” – CIORAN

Cioran, um autor para crentes e descrentes, místicos e niilistas, para “os que creem em tudo e os que não creem em nada” (antologia)

Uma seleção de aforismos e fragmentos que ilustram a dualidade fundamental do pensamento de Cioran, dividido (e indeciso), como um "Hamlet" balcânico, entre o Absoluto e a existência, Deus e o Nada, a necessidade de salvação ou délivrance (libertação) e a "tentação de existir". Numa passagem d'O Livro das ilusões, incluída nesta antologia, o jovem… Continue lendo Cioran, um autor para crentes e descrentes, místicos e niilistas, para “os que creem em tudo e os que não creem em nada” (antologia)

“Pobreza da sabedoria” – CIORAN

Detesto os sábios por seu comodismo, seu medo e sua reserva. Amo infinitamente mais os homens dominados por grandes paixões que os devoram até a morte, do que a monótona disposição dos sábios, que os torna insensíveis tanto ao prazer quanto à dor. O sábio desconhece o caráter trágico da paixão, desconhece o medo da… Continue lendo “Pobreza da sabedoria” – CIORAN

“Miséria eterna da humanidade, eterna revolta metafísica” – CIORAN

Frente à miséria, tenho vergonha até da existência da música. A injustiça constitui a essência da vida social. Como aderir, sabendo disso, a qualquer doutrina?CIORAN, Nos Cumes do Desespero (1934) Convencido de que a miséria está intimamente ligada à existência, não posso aderir a nenhuma doutrina humanitária. Elas me parecem, em sua totalidade, igualmente ilusórias… Continue lendo “Miséria eterna da humanidade, eterna revolta metafísica” – CIORAN

“«O Livro das Ilusões», de Cioran, lido por Mihail Sebastian: o estranho caso do «convalescente que aspira à doença»” – Rodrigo MENEZES

De suas primeiras obras, ainda mal conhecidas entre nós, sublinho O livro das ilusões (Cartea amăgirilor), a que daria o subtítulo de um de seus capítulos: Mozart e a melancolia dos anjos. Considero aquelas páginas uma fantasia para cordas, como se fosse o primo consanguíneo de A origem da tragédia, nas grandes linhas melódicas que unem e separam as… Continue lendo “«O Livro das Ilusões», de Cioran, lido por Mihail Sebastian: o estranho caso do «convalescente que aspira à doença»” – Rodrigo MENEZES