As ligações perigosas entre Nubank, Jordan Peterson e a extrema direita brasileira | Portal E.M. Cioran News ▶️

ICL, 21 de junho de 2024 | O jornalista Paulo Motoryn detalha as relações entre o Nubank e a extrema direita brasileira.

Clientes saem do Nubank por ligações com o Brasil Paralelo

Rafael Capanema – Núcleo, 19 de junho de 2024

A CEO do banco, Cristina Junqueira, compartilhou o convite que recebeu de um evento da produtora de vídeos de direita

Nesta segunda-feira, a CEO do Nubank, Cristina Junqueira, compartilhou no Instagram o convite que recebeu de um evento da produtora de vídeos de direita Brasil Paralelo.

Essa não é a única ligação do banco com a produtora: recentemente, a agência Pública havia revelado que o banco empregou um dos fundadores do 55Chan, “fórum conhecido por disseminar crimes de ódio, pornografia infantil e antissemitismo”, que atualmente é diretor da Brasil Paralelo… [+]


Para presidente do Nubank, diretora que divulgou Brasil Paralelo não violou norma do banco

Amanda Audi – A Pública, 19 de junho de 2024

A Agência Pública teve acesso exclusivo a uma nota interna que o presidente e diretor de operações do Nubank, Youssef Lahrech, enviou aos funcionários do banco na noite da última terça-feira, 18 de junho. Ele minimizou uma postagem feita pela cofundadora e diretora de crescimento, Cristina Junqueira, na qual ela divulgava um evento promovido pela produtora Brasil Paralelo.

O banco esteve entre os assuntos mais comentados das redes sociais e sofreu forte reação de correntistas, que criticaram o tom usado pela diretora com a empresa ligada à extrema direita e ameaçaram fechar contas. As ações do banco caíram 1,18% no fim do dia.

O texto do convite dizia que os organizadores, a Brasil Paralelo e a Fronteiras do Pensamento, estão “muito entusiasmados e honrados em proporcionar essa oportunidade aos nossos parceiros e amigos”. Pedia que os convidados compartilhassem em suas redes sociais marcando os perfis das empresas e do psicólogo – o que Junqueira fez. […]

A nota do presidente não repercutiu bem entre os funcionários do banco. “Essa associação com a Brasil Paralelo é dolorida”, disse um dos empregados ouvidos pela Pública, falando de modo reservado para evitar retaliações. Outros lembraram que “Junqueira é uma figura pública e que a associação com a Brasil Paralelo não poderia ser considerada uma mera opinião política”.

Outro funcionário lembrou que “não é a primeira vez que a diretora se envolveu em polêmicas”, se referindo à participação da executiva no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 2020. Na ocasião, ela disse que “não dá para nivelar por baixo” ao comentar a dificuldade de contratar pessoas negras para posições de liderança no Nubank… [+]


Nubank se desculpa por declaração de Cristina Junqueira sobre contratação de negros e promete ‘reparação histórica’

O Globo, 25 de outubro de 2020

Na segunda tentativa de debelar críticas, banco digital se compromete com ‘combate ao racismo estrutural’ após executiva ter dito que ação afirmativa seria ‘nivelar por baixo’

RIO – Após a cofundadora do Nubank Cristina Junqueira se retratar publicamente depois da repercussão negativa de sua declaração no programa Roda Viva, da TV Cultura, sobre a dificuldade de contratar negros para cargos de liderança, a empresa postou no domingo em seu site uma carta dos três sócios fundadores se desculpando mais uma vez e prometendo providências para reparar o erro. […]

Na semana passada, a cofundadora do banco virtual Cristina Junqueira disse no Roda Viva (video abaixo) que tem dificuldades de contratar executivos negros para posições de liderança por falta dos requisitos técnicos que julga necessários… [+]


‘Tem que admirar Hitler’: saiba quem é Jordan Peterson, convidado para evento divulgado pela CEO do Nubank

Folha Publicitária, 21 de junho de 2024

Após a divulgação de um evento com Jordan Peterson, feita pela CEO do Nubank, Cristina Junqueira, a internet foi tomada por críticas devido às declarações controversas de Peterson. Conhecido por suas opiniões polêmicas, Peterson já declarou que “é preciso admirar Hitler” por seu “gênio organizacional”, causando revolta. […]

Jordan Peterson: “Você tem que admirar Hitler” (sic)

A divulgação do evento causou uma onda de reações nas redes sociais, com muitos usuários expressando desapontamento e indignação. O Nubank, conhecido por sua imagem moderna e inclusiva, foi criticado por se associar a Peterson. A controvérsia levantou questões sobre a responsabilidade das empresas em relação às figuras públicas com quem se associam, e como essas escolhas podem impactar sua reputação perante o público… [+]

Jordan Peterson é um charlatão bajulador, um mistificador de ocasião, obscurantista demais para um psicólogo e acadêmico. Por isso é tão popular: quanto mais falso, quanto mais mentiroso, mais vende, mais sucesso faz. Como toda auto-ajuda. Após afirmar, em pleno século 21, que “é preciso admirar Hitler”, o “guru” da nova extrema-direita veio ao Brasil este ano (2024) e, numa palestra em Porto Alegre, afirmou que desastres climáticos como as chuvas que causaram as enchentes no sul do Brasil são uma consequência dos “pecados” dos homens. Corrobora assim o conspiracionismo teológico da pior espécie de crente que se encontra na fauna brasileira (e também de um lunático como Olavo de Carvalho). É a mesma mentalidade – supersticiosa, mistificadora – que, após o terremoto de Lisboa de 1755, fez a Igreja lançar cruzadas para caçar e punir os “infiéis” que, supostamente, haviam causado o desastre (ver O mal no pensamento moderno, de Susan Neiman)


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