Ex-paciente conta os horrores vividos em “comunidade terapêutica” evangélica | The Intercept Brasil ▶️

Em tese, “CT” significa “comunidade terapêutica”. Na prática, muitas vezes quer dizer “centro de tortura” – em nome de Jesus e de Jair Messias Bolsonaro! É uma verdadeira máfia das “clínicas de reabilitação” no Brasil, muitas das quais funcionam clandestinamente, sem alvará, e ainda recebem subsídio do governo.

The Intercept Brasil inicia a série ‘Máquina de Loucos’, que vai mostrar a realidade das comunidades terapêuticas que dizem reabilitar usuários de drogas. Em São Paulo, um centro foi fechado por prender, torturar e dopar mulheres, além de tentar convertê-las ao evangelho. Tudo em nome de Jesus, amém!

Mais sobre a máfia das “comunidades terapêuticas” no Brasil:

Centradeq-Centreq, um pesadelo financiado pelo estado

The Intercept Brasil, 8 de abril de 2019

Comunidade terapêutica fechada pelo MPF recebia até R$ 2,6 mil por mês para tratar usuários de drogas. Sua metodologia: trabalhos forçados, castigos e humilhações.

Ivan Pinto, que aparece na reportagem do Intercept acima (feita em 2019), como “sócio e coordenador” da “CT”. Reconhece a peça? É um dos bolsonaristas que, como Daniel Silveira, foram presos por fazer ameaças (inclusive de morte) aos ministros do STF.

PF pede prisão preventiva de homem que ameaçou STF e Lula

Poder 360, 31 de julho de 2022

Homem está preso temporariamente; caso está nas mãos do ministro da Corte Alexandre de Moraes

A PF (Polícia Federal) pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine a prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto. Ele foi preso em 22 de julho depois de fazer ameaças e xingamentos a ministros da Corte e políticos de esquerda em seus perfis nas redes sociais.

Ivan Pinto está detido em regime de prisão temporária, que tem prazo legal de 5 dias, prorrogáveis por mais 5. O ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, autorizou a prorrogação na 2ª feira (25.jul.2022). Se decretada, a prisão preventiva tem prazo indeterminado.

No pedido, o delegado da PF Fábio Alvarez Shor disse que o comportamento de Ivan está inserido “em um contexto mais abrangente de acirramento dos ânimos, do estímulo ao enfrentamento a oponentes políticos e de tentativas de enfraquecimento do Poder Judiciário”. Segundo ele, a soltura impactaria a ordem pública.

O delegado também falou que medidas cautelares alternativas não seriam eficazes para assegurar a continuidade das investigações e o fim do risco aos ameaçados.

‘Curam doença na porrada’: clínica de SP é investigada por tortura e mortes

Pedro Lopes – Tab/UOL, 6 de novembro de 2023

Onezio Ribeiro Pereira Júnior, 38, morreu em 25 de setembro de 2023, horas após dar entrada em uma clínica de recuperação de dependentes químicos da rede Kairós, em Embu-Guaçu, região metropolitana da São Paulo. O corpo tinha marcas de espancamento e estrangulamento.

A morte de Onezio não foi um caso isolado. A Kairós já era investigada por homicídio desde março, quando um interno de 27 anos morreu com marcas no pescoço.

Outras clínicas da rede são alvos de denúncias e estão sendo investigadas pela Polícia Civil por suspeitas de tortura, lesão corporal, desaparecimento e pelo menos mais duas mortes… [+]

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